MULHERES NA POLÍTICA NO RECÔNCAVO DA BAHIA EM 2016: QUEM SÃO AS VEREADORAS ELEITAS?

Autores

  • Maria Inês Caetano Ferreira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Isis Keiko Kataoka Lima Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v9i2.43636

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar e discutir resultados de pesquisa sobre as formas de participação de mulheres no pleito à vereança, em 2016, nos dezenove municípios do Território de Identidade do Recôncavo da Bahia. A literatura especializada desenvolve argumentos para a compreensão da sub-representação feminina na política. A pesquisa aqui apresentada dialoga com a literatura feminista e, através da sistematização dos dados do Tribunal Superior Eleitoral, desvenda a frágil participação das mulheres na política, limitando-se aos 30% imposto pela legislação eleitoral. Os resultados esclarecem que o perfil das mulheres eleitas se aproxima ao dos homens eleitos, apontando a necessidade de as mulheres acumularem capital político para conseguirem se inserir no mundo da política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Inês Caetano Ferreira, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Professora Associada do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo, Professora Associada do CAHL/UFRB.Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo.

Doutora e Mestre em Sociologia pela USP, Pós-Doutora em Sociologia pelo Centro Estudos da Metrópole CEM/CEBRAP/FAPESP. Atualmente desenvolve pesquisa sobre poder local e participação feminina na política

Isis Keiko Kataoka Lima, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Mestranda no Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais – PPGCS- UFRB. Graduada em Bacharelado em Direito pela Faculdade Nobre de Feira de Santana (FAN). Advogada com atuação especializada em Direito Eleitoral. Pós Graduanda em Direito Público pela Faculdade Legale. Vice- Presidente do Coletivo Jusfeminista. Integrante dos grupos de pesquisa Política, sociedade e políticas públicas

Referências

Almeida, Carla; Lüchmann, Lígia; Ribeiro, Ednaldo. Associativismo e representação política feminina no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 8, p. 237-263, ago, 2012.

Araújo, Clara. “Gênero e acesso ao poder legislativo no Brasil: as cotas entre as instituições e a cultura”. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 2, p. 23-59, mar, 2012.

Araújo, Clara. Valores e desigualdades de gênero: mediações entre participação política e representação democrática. Civitas – Revista de Ciências Sociais. Vol. 16, n. 2, abr-jun, 2016, p. e36-e61

BOLOGNESI, Bruno. A cota eleitoral de gênero: política pública ou engenharia eleitoral? Paraná eleitoral: revista brasileira de direito eleitoral e ciência política, v.1, n.2, p. 113-129, jun de 2012.

CÂNDIDO, J. Direito eleitoral brasileiro, 16 ed. São Paulo: Edipro, 2016.

CERVI, Emerson; BORBA, Felipe. Os diretórios partidários municipais e o perfil sociodemográfico de seus membros. Revista brasileira de ciência política, N.28, p. 65-92, jan-abr. 2019.

HTUN, Mala e POWER, Timothy. Gender, parties and supoort of equal rights in the Brazilian Congress. Latin American politics and society, Oxford, v. 48, n. 4, p. 83-104, 2006.

HTUN, Mala. A política de cotas na América Latina. Estudos feministas, Florianópolis, n. 9, p. 225-230, 2001.

MAINWARING, Scott. Políticos, partidos e sistemas eleitorais. Novos Estudos CEBRAP, nº 29, 1991.

MATOS, Marlise; CYPRIANO, Breno; BRITO, Marina. Cotas de gênero para o reconhecimento das mulheres na política: um estudo comparado ações afirmativas no Brasil, Argentina e Peru. In: XIII Congresso Brasileiro de Sociologia, 05-06, 2007, Recife, ANAIS Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2007, p. 1-16.

Miguel, Luis Felipe. Representação democrática: autonomia e interesse ou identidade e advocacu. Lua Nova, São Paulo, n. 84, p. 353-364, 2011.

Pateman, Carole. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

Rezende, Daniela Leandro. Desafios à representação política de mulheres na Câmara dos Deputados. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 2, set-dez, 2017, p. 1199-1218

SACCHET, Teresa e SPECK, Bruno. Financiamento eleitoral, representação política e gênero: uma análise das eleições de 2006. Opinião Pública, Campinas, v. 18, n.1, p. 177-197, jun, 2012.

SACCHET, Teresa. Representação política, representação de grupos e política de cotas: perspectivas e contendas feministas. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n.2, p. 399-431, mai-ago, 2021.

Downloads

Publicado

2022-01-13

Como Citar

FERREIRA, M. I. C.; LIMA, I. K. K. MULHERES NA POLÍTICA NO RECÔNCAVO DA BAHIA EM 2016: QUEM SÃO AS VEREADORAS ELEITAS?. Revista Feminismos, [S. l.], v. 9, n. 2, 2022. DOI: 10.9771/rf.v9i2.43636. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/43636. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Partidos Políticos, Gênero e Raça