MINHA VIDA NÃO É FOLHA DE PAPEL EM BRANCO: revisitando memórias de uma trabalhadora rural.
Resumo
Resumo
Reflexões críticas sobre memórias subterrâneas e memórias oficiais têm contribuído para fortalecer o debate sob uma perspectiva de gênero e feminista. A partir dessa premissa, propomos analisar e contextualizar a história de vida de Tereza[1] trabalhadora rural que, dentre os papéis sociais desempenhados, foi parteira por longo período de sua vida. Ela, durante o trabalho de campo na comunidade rural de Pau Ferro- Muritiba- BA, realizado para fins de doutoramento, participou como uma das protagonistas da pesquisa. Gênero, raça, etarismo/geração, memórias, ruralidade e violência são algumas das categorias analíticas exploradas. A escolha da narrativa de sua história de vida para este artigo guarda proximidade com as marcas sociais de diferenciação, cicatrizadas no corpo e na alma ao longo de seu caminhar. A pesquisa, de natureza qualitativa, vale-se da história de vida que, associada à observação participante, possibilitam rememorar e ressignificar as histórias contadas por ela.
Palavras-chave: gênero, violência, memórias.
[1] Pseudônimo utilizado para lembrar Tereza de Benguela, líder do Quilombo de Quariterê e também parteira.
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