MUITO ALÉM DO SILÊNCIO: AS VIÚVAS COMERCIANTES DO SÉCULO XIX EM SALVADOR

Autores

  • Silmária Souza Brandão PPGNEIM-UFBA

Resumo

 

RESUMO

 

Ao longo da História, as mulheres foram consideradas como desprovidas de poder. Submetidas ao domínio de relações patriarcais, vivenciaram, por muito tempo, a autoridade do pai, do marido e, em algumas instâncias, a autoridade do padre. Distanciadas do poder formal, encontraram no Estado, na Igreja e na sociedade agentes que legitimavam a sua opressão. Entre os séculos XVIII e início do século XIX, esta situação de opressão experimentadas pelas mulheres sofreu variações. Despontando como um grupo heterogêneo, formalmente excluído das instâncias do poder, encontramos as mulheres viúvas. Neste artigo trazemos para o centro da discussão as estratégias adotadas por essas mulheres visando conquistar e manter sua autonomia pessoal e financeira a partir da ocupação habitual em pequenos comércios e em estabelecimentos e negócios de maior envergadura, constituindo-se assim, a exceção à regra, o contraponto, o singular dentro da ordem vigente.

 

Palavras-chave: Viuvez. Comércio. Gênero. Micropoderes. Salvador. Século XIX.

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Biografia do Autor

Silmária Souza Brandão, PPGNEIM-UFBA

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Católica do Salvador (1986) e Mestrado e Doutorado em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres,Gênero e Feminismo pela Universidade Federal da Bahia (2007), com interesse em estudos de História da Bahia, Mulheres e Relações de Gênero. É formada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (1990) e exerce a função de Analista Judiciário no Tribunal de Justiça, com experiência em Direito do Consumidor. Atualmente é professora da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

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Publicado

2018-01-07

Como Citar

BRANDÃO, S. S. MUITO ALÉM DO SILÊNCIO: AS VIÚVAS COMERCIANTES DO SÉCULO XIX EM SALVADOR. Revista Feminismos, [S. l.], v. 4, n. 2/3, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30228. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos