Estudo epidemiológico de infecções por Dengue em pacientes atendidos em um Hospital Público na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, durante a epidemia de 2001-2002.
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v7i2.4440Palavras-chave:
Dengue, Epidemiologia, Rio de Janeiro, BrasilResumo
Entre o período de Novembro 2001 a Abril de 2002, foram coletadas um total de 1124 amostras de sangue de pacientes com suspeita de infecção por dengue atendidos no Hospital Municipal Paulino Werneck (HMPW), Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Brasil. As amostras foram utilizadas para detecção de anticorpos anti-Dengue (IgM e IgG), isolamento viral, RT-PCR e PCR em tempo real. Destas amostras, 13.1% (147/1124) apresentaram anticorpos anti-Dengue, 95 (64.6%) apresentaram somente IgM e 52 (35.4%) IgM e IgG. Considerando a relação entre IgM e IgG >1.5 um indicativo de infecção primária, das 147 infecções pelo vírus da Dengue, 102 (69%) foram caracterizadas como infecção primária e 45 (31%) como infecção secundária. Dentre os pacientes soropositivos, a proporção de mulheres, jovens adultos e pessoas residindo na Ilha do Governador se mostrou maior. A população mais infectada constituiu-se de pessoas brancas, sem predominância de sexo, idade e local de residência. As manifestações clínicas mais significativas, exantema e prurido, foram acompanhadas de leucopenia, linfocitose e trombocitopenia. A presente epidemia ocorreu durante os meses mais quentes do ano onde temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos, são muito freqüentes. A maior soropositividade para Dengue foi observada em amostras coletadas entre o 4º e 8º dias após o início da doença e o principal vírus envolvido foi identificado como pertencente ao sorotipo 3 (DENV-3). Dentre as metodologias utilizadas para detectar e tipificar o sorotipo infectante a PCR em tempo Real, demonstrou ser a mais sensível de todas.Downloads
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Publicado
2008-02-16
Como Citar
Lessa Filho, J. (2008). Estudo epidemiológico de infecções por Dengue em pacientes atendidos em um Hospital Público na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, durante a epidemia de 2001-2002. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 7(2), 132–141. https://doi.org/10.9771/cmbio.v7i2.4440
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Artigos originais
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