Realização de interação mediada por telefone com idosos após a alta hospitalar:experiência de um programa de residência multiprofissional

Autores

  • Nelson Machado do Carmo Júnior Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Josiane Moreira da Costa Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Matheus Araújo Assis Viudes Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Rachel Cristina Cardoso Pereira Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ingrid Silva Bremer de Toledo Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carla Jorge Machado Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Adriano Max Moreira Reis Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.28367

Palavras-chave:

idoso. Uso de medicamentos. Alta do paciente. Atenção primária à saúde.

Resumo

Introdução: a transição do cuidado, principalmente no momento da alta hospitalar, é considerada um momento crítico e de muita
ansiedade para o paciente. Destacam-se os problemas relacionados ao uso de medicamentos, principalmente quando ocorrem
mudanças nas prescrições de fármacos no momento da alta, quando comparado aos medicamentos prescritos na pré-internação.
A continuidade do uso de novos medicamentos após a alta pode gerar comprometimentos, principalmente quando nos referimos
aos pacientes idosos, que apresentam especificidades fisiológicas e cognitivas que influenciam o uso dos medicamentos. Com o
intuito de melhor identificar possíveis barreiras e propiciar segurança durante a continuidade do cuidado, um grupo composto por
farmacêuticos propôs a realização de Interação Mediada por Telefone (IMT) com pacientes idosos que receberam alta hospitalar
e que encontravam-se no ambiente domiciliar. Objetivo: identificar as ações realizadas e resultados alcançados por meio da IMT.
Metodologia: realizou-se um estudo transversal de caráter exploratório, onde os registros em prontuários eletrônicos e planilha do
serviço de IMT foram analisados, com descrição do perfil dos pacientes e realização de regressão logística a partir das características
dos pacientes e equipe de referência a qual pertenciam na internação (Acidente Vascular Cerebral; Equipe Idoso Frágil; Cuidados
Paliativos; Equipe de oferecimento de cuidados aos pacientes com Comprometimento do Pé Diabético e Equipe de Atendimento a
Pacientes com Fratura de Fêmur). Resultados: 87 pacientes idosos participaram do IMT sendo 44 (50,6%) do sexo feminino e 43 (49,4%)
do sexo masculino. A média da idade dos pacientes foi de 73,7 anos, com desvio padrão de 8,3. Um percentual de 52,9% dos pacientes
relataram procurar atendimento na Atenção Primária após a alta hospitalar, 20% relataram dificuldade no acesso, 13% relataram uso
de medicamentos diferentes dos prescritos na alta, conforme orientação médica na Atenção Primária, e 13% automedicação. No
modelo final da regressão logística, identificou-se que idade igual ou superior a 75 anos foi associada positivamente ao pertencimento
do paciente na equipe Idoso Frágil/Cuidados Paliativos. Ainda no modelo final, a ocorrência de automedicação também esteve
positivamente associada à equipe Idoso Frágil (OR=6,8; p<0,05).Conclusão: entende-se que o serviço de IMT apresentou-se como
interessante ferramenta para identificação de problemas farmacoterapêuticos após a alta hospitalar. Automedicação após a alta
hospitalar esteve associada positivamente aos pacientes das equipes cuidados paliativos/idoso frágil quando comparado à Unidade
AVC e idade inferior a 75 anos esteve positivamente associada à Equipe complicações do pé diabético.

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Biografia do Autor

Nelson Machado do Carmo Júnior, Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais

Farmacêutico especialista em Saúde do Idoso

Josiane Moreira da Costa, Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Saúde e Enfermagem

Matheus Araújo Assis Viudes, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduando em Medicina pela UFJF

Rachel Cristina Cardoso Pereira, Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais

Especialista em Saúde do Idoso

Ingrid Silva Bremer de Toledo, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda em Medicina pela UFMG

Carla Jorge Machado, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Dinâmica de População

Adriano Max Moreira Reis, Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Enfermagem Fundamental

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Publicado

2019-07-03

Como Citar

Júnior, N. M. do C., da Costa, J. M., Viudes, M. A. A., Pereira, R. C. C., de Toledo, I. S. B., Machado, C. J., & Reis, A. M. M. (2019). Realização de interação mediada por telefone com idosos após a alta hospitalar:experiência de um programa de residência multiprofissional. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 18(1), 44–51. https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.28367