Perfil dos óbitos por anomalias congênitas no Estado do Rio Grande do Norte no período de 2006 a 2013

Autores

  • Iraci Duarte de Lima UFRN
  • Aurigena Antunes Araújo UFRN
  • Wilma Maria da Costa Medeiros UFRN
  • Juciany Mesquita Rodrigues UFRN
  • Maria Mônica Feitosa UFRN
  • Rossânia Bezerra da Silva UFRN
  • Eugênio Felipe Torres Maia UFRN
  • Denise Guerra Wingerter SESAP-RN

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i1.17422

Palavras-chave:

Anormalidades congênitas. Anormalidades Cardiovasculares. Natimorto

Resumo

Objetivo: analisar a prevalência e fatores associados aos óbitos fetal e não fetal ou inflantil por Anomalias Congênitas no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, no período de 2006 a 2013. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Mortalidade. Foram estudadas Ano, tipo e classificação do óbito, sexo, Município de residência, local de ocorrência do óbito, idade e anos de estudo da mãe, quantidade de filhos nascidos vivos e mortos, duração da gestação, tipo de gravidez e parto, tempo de vida e peso ao nascer.Os dados foram analisadosatravés do Coeficiente de Mortalidade, e as variáveis foram categorizadas e inseridas no SPSS versão 18.0, para análise pelo teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. Resultados: no Rio Grande do Norte foram analisados 1.220 registros de óbitos comAnomalias congênitas, sendo 178 do tipo fetal e 1042, não fetal ou infantil (entre 0 a 365 dias). A maioria das anomalias está relacionada ao sistema cardiovascular (N=485), seguido por anomalias do sistema nervoso central (N= 273). Os óbitos por malformação estão associados com o sexo masculino (49,3%, p˂0,016). Quanto ao local de ocorrências dos óbitos, 92,3% ocorreram em hospitais (p˂0,0001). 10,2% das mães já tinham tido de 1 a 2 filhos nascidos mortos (p˂0,0001) e a maioria das gestações (56,5%) era de feto único(p˂0,0001). Em relação ao tipo de parto, 30,6% ocorreram por meio de Cesariana(p˂0,0001). 40,1% das gestações, relacionadas com as anomalias congênitas, atingiu entre 37 a 41 semanas, sendo que 53,1% das mães eram mulheres adultas na faixa etária entre 20 e 30 anos. Quanto ao peso ao nascer das crianças com algum tipo de malformação, apesar do pouco registro ofertado no banco de dados, 220 (34,7%) apresentaram peso entre 2.500 a 4.000 g. Por sua vez, 9,6% das crianças com anomalia no sistema nervoso central tinham baixo peso Conclusão: assim os dados apontaram para a maior parte de óbitos por anomalias congênitas foi do tipo não fetal ou infantil, sendo a principal anomalia a do sistema cardiovascular. A maioria dos óbitos ocorreu no período Pós Neonatal, em crianças com peso entre 2.500 a 4.000 g. Os óbitos foram prevalentes em mulheres jovens entre 20 a 30 anos, com histórico de filhos mortos e com idade gestacional entre 37 a 41 semanas. O estudo chama atenção para alto número de dados incompletos, o que compromete tanto uma construção de um perfil da mortalidade por anomalias congênitas, quanto a identificação dos fatores de risco.

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Biografia do Autor

Iraci Duarte de Lima, UFRN

Instituto de Medicina Tropical, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Aurigena Antunes Araújo, UFRN

Departamento de Biofísica e Farmacologia, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e Ciências Farmacêuticas.

Wilma Maria da Costa Medeiros, UFRN

Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Juciany Mesquita Rodrigues, UFRN

Departamento de Odontologia

Maria Mônica Feitosa, UFRN

Departamento de Enfermagem

Rossânia Bezerra da Silva, UFRN

Departamento de Nutrição

Eugênio Felipe Torres Maia, UFRN

Departamento de Odontologia

Denise Guerra Wingerter, SESAP-RN

Secretaria de Estado da Saúde Pública.

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Publicado

2017-07-14

Como Citar

Lima, I. D. de, Araújo, A. A., Medeiros, W. M. da C., Rodrigues, J. M., Feitosa, M. M., Silva, R. B. da, Maia, E. F. T., & Wingerter, D. G. (2017). Perfil dos óbitos por anomalias congênitas no Estado do Rio Grande do Norte no período de 2006 a 2013. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 16(1), 52–58. https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i1.17422

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