Marcadores biológicos de tabagismo
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v15i1.14523Palavras-chave:
Hábito de fumar. Biomarcadores. Monóxido de carbono. Nicotina. CotininaResumo
Objetivo: verificar qual a importância dos biomarcadores de tabagismo para a caracterização do estado tabágico e identificar as principais características dos biomarcadores mais frequentemente utilizados. Metodologia: foram considerados artigos publicados em periódicos indexados em bases de dados MEDLINE, SciELO, Latindex e DOAJ. Foram considerados 44 documentos (artigos originais, artigos de revisão, livros e outros). Resultados: o monóxido de carbono possui uma semi-vida de aproximadamente 2 a 5 horas e pode ser quantificado no ar expirado ou sob a forma de carboxihemoglobina. É um marcador razoavelmente específico para a monitorização de grandes fumadores e para a caracterização da exposição recente ou abstinência aguda. A determinação da nicotina é pouco utilizada por ser uma técnica dispendiosa e pela substância possuir uma semi-vida curta (aproximadamente 2h). A cotinina é o principal produto da degradação hepática da nicotina e possui uma semi-vida de aproximadamente 17 horas. É o marcador ideal para o estudo de fumadores ligeiros ou esporádicos e para a monitorização da abstinência tabágica. O tiocianato resulta da metabolização hepática do cianeto de hidrogénio, possui uma semi-vida de 10 a 14 dias e a sua quantificação é simples e económica. Tem uma elevada especificidade em indivíduos com hábitos tabágicos acentuados, todavia em fumadores ligeiros os seus níveis podem ser influenciados pela ingestão de alguns alimentos. Conclusão: os biomarcadores de tabagismo permitem o conhecimento exato do estado tabágico, desempenhando desta forma um papel importante na aplicação de medidas preventivas e corretivas na tentativa de minimizar este problema de saúde pública.
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