Ação protetora de enxaguatórios fluoretados sobre o esmalte: estudo in vitro

Autores

  • Myria Conceição Cerqueira Félix Universidade Federal da Bahia
  • Roberto Paulo Correia de Araújo Universidade Federal da Bahia
  • Maria Thereza Barral Araújo Universidade Federal da Bahia
  • Max José Pimenta Lima Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v3i2.4426

Palavras-chave:

Enxaguatórios fluoretados, Cárie dental, Prevenção, Fosfato.

Resumo

O íon fluoreto administrado em humanos através de diferentes veículos, é um elemento químico que se incorpora à rede cristalina do esmalte, tornando-se importante na manutenção da saúde dental. Esta afirmação está fundamentada na possibilidade deste fármaco, particularmente, na forma de fluoreto de sódio - NaF, intervir na dissolução desta estrutura biológica, reduzindo de forma satisfatória a perda de minerais e, conseqüentemente, contribuir para prevenir e controlar a cárie dental. Enquanto recurso preventivo, o flúor é uma alternativa farmacológica empregada em programas de saúde pública, dada à sua significativa eficácia e o baixo custo de aplicação. Visando subsidiar a literatura que trata da eficácia do fluoreto de sódio - NaF, veiculado através de colutórios, o presente estudo teve por objetivo determinar, in vitro, o grau de proteção do esmalte pelo íon fluoreto contido em seis enxaguatórios utilizados como recurso terapêutico de aplicação tópica, de uso freqüente e baixa concentração, após exposição experimental aos valores de pH 6.8, 6.5, 6.0m, 5.5, 5.0 e 4.5. As taxas do fosfato liberado do esmalte previamente tratado, expressas em mg/dL/20', foram determinadas através de espectrofotometria, com base na técnica preconizada por Gomori e Baginski modificado (Doles Reagentes e Equipamentos para Laboratório Ltda.). Os resultados obtidos revelaram o poder protetor do fluoreto presente nos enxaguatórios avaliados. Os produtos industrializados, Refrescante Bucal Sorriso Herbal com Flúor (E1) e Plax Enxaguante Bucal com Flúor (E2), apresentaram os melhores resultados, cuja justificativa está na concentração do íon fluoreto presente, ou seja: 228 ppmF- e 227 ppmF-, respectivamente. Os demais colutórios com concentração de 226 ppmF-, revelaram semelhante poder protetor, muito embora apresentassem diferenças estatísticas significantes em relação aos produtos E1 e E2. Esta constatação deveu-se, provavelmente, à concentração mais baixa do fluoreto. Frente ao desafio desmineralizante imposto pelo pH crítico - 5.5, o produto Oral B Enxaguatório com Flúor (E6 = 226 ppmF-) teve o desempenho mais próximo dos produtos E1 e E2, muito embora apresentasse trajetória menos homogênea frente aos demais níveis de pH. É possível, a partir destes resultados, se afirmar que os enxaguatórios testados tiveram controle de qualidade adequado.

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Como Citar

Félix, M. C. C., Araújo, R. P. C. de, Araújo, M. T. B., & Lima, M. J. P. (2004). Ação protetora de enxaguatórios fluoretados sobre o esmalte: estudo in vitro. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 3(2), 201–217. https://doi.org/10.9771/cmbio.v3i2.4426

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