Identificação de alterações genéticas relacionadas à síndrome do X frágil e ao transtorno de espectro do autismo por meio de ferramentas de bioinformática

Autores

  • Sara Costa Santos Centro Universitário Christus - Unichristus, Faculdade de Biomedicina.
  • Lucas de Sousa Pontes Laboratório de Farmacogenética, Universidade Federal do Ceará.
  • Maria Elisabete Amaral de Moraes Unidade de Farmacologia Clínica, Universidade Federal do Ceará
  • Caroline de Fátima Aquino Moreira-Nunes Universidade Federal do Ceará. http://orcid.org/0000-0001-5845-3481

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i2.34910

Palavras-chave:

Síndrome do X-Frágil. Autismo. Expressão Gênica Diferencial. Neurocomportamental.

Resumo

Introdução: a Síndrome do X Frágil (FXS) é a forma mais prevalente de deficiência intelectual herdável, e é a principal causa monogênica
para o desenvolvimento de Transtorno de Espectro do Autismo (TEA). Objetivo: o objetivo do presente estudo é identificar RNAm
associados à possíveis vias neurocomportamentais na SFX como no TEA, através de ferramentas de bioinformática. Metodologia:
para identificação de possíveis vias alteradas entre a SFX e pacientes com TEA, utilizamos os bancos de dados GSE65106 e GSE21348
para anotação, visualização e descoberta integrada (DAVID 6.8). O valor de p <0,05 e fold change maior que 2 vezes (FC > 2) definidos
como os limiares para a identificação de genes diferencialmente expressos (DE-RNAm). Resultados: foi possível identificar cerca
de 32 DE-RNAm com funções em vias de spliceossomo, apoptose, transcrição, e em vias neurológicas comportamentais expressos
exclusivamente na SFX. Os genes CAPNS1, HNRNPK, HNRPM, foram identificados como hipoexpressos em indivíduos com síndrome
do X Frágil. Estes genes tem importante função moduladora nas respostas do potencial de longo prazo (LTP), plasticidade neural, e em
transportadores de serotonina (SERT) alterando respostas que englobam humor, cognição e comportamentos, além de interferirem
no receptor de dopamina (D2R) alterando as funções motoras e circuitos de recompensa. Conclusão: os genes CAPNS1, HNRNPK,
HNRNPM foram identificados como marcadores genéticos neurocomportamentais importantes para a síndrome do X-frágil com
expressão diminuída na doença, indicando uma possível modulação desses genes em aspectos fenotípicos marcantes da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sara Costa Santos, Centro Universitário Christus - Unichristus, Faculdade de Biomedicina.

Graduada em Biomedicina.

Lucas de Sousa Pontes, Laboratório de Farmacogenética, Universidade Federal do Ceará.

Biomédico, Mestrando no Programa de Ciências Médicas da Universidade Federal do Ceará

Maria Elisabete Amaral de Moraes, Unidade de Farmacologia Clínica, Universidade Federal do Ceará

Médica, Doutora em Farmacologia. Professora Titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Chefe da Unidade de Farmacologia Clínica do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, Fortaleza, Brasil.

Caroline de Fátima Aquino Moreira-Nunes, Universidade Federal do Ceará.

Laboratório de Farmacogenética, Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM).

Downloads

Publicado

2020-09-24

Como Citar

Santos, S. C., Pontes, L. de S., de Moraes, M. E. A., & Moreira-Nunes, C. de F. A. (2020). Identificação de alterações genéticas relacionadas à síndrome do X frágil e ao transtorno de espectro do autismo por meio de ferramentas de bioinformática. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 19(2), 292–297. https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i2.34910