Prevalência de Síndrome Metabólica em pacientes atendidos na Estratégia de Saúde da Família de Barra do Garças, MT.

Resumen

Introdução: A frequência e a morbimortalidade por doenças crônicas não-transmissíveis vem aumentando em diversas regiões do país. Objetivo: Verificar a prevalência de Síndrome Metabólica e possíveis fatores associados em população atendida em unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Foram avaliados 96 pacientes adultos de dois ESFs em Barra do Garças (MT). Além da caracterização socioeconômica da amostra, foi aplicado questionário de frequência alimentar e avaliação antropométrica (circunferência da cintura e índice de massa corporal). Após as dosagens bioquímicas (glicemia, colesterol totais e triglicerídeos) foi feita a estimativa da prevalência de caracterização da Síndrome Metabólica utilizando o critério do NCEP/ATPIII (EUA). Resultados: A maioria dos pacientes era do gênero feminino, possuía casa própria, fazia consultas regulares, tinha baixo engajamento em atividades físicas regulares, baixa renda e escolaridade, sendo a maioria idosos ou de meia-idade. Do total, 71% tinham hipertensão arterial, 52% hiperglicemia, 19,8% diabetes mellitus e 42% foram diagnosticados com Síndrome Metabólica. A renda familiar baixa esteve associada ao maior risco, enquanto que o consumo regular de quatro ou mais xícaras de café esteve inversamente associado ao risco de Síndrome Metabólica, o que não ocorreu com as demais variáveis estudadas. Conclusão: a prevalência de Síndrome Metabólica e suas comorbidades afetam, frequentemente, esta população e demandam melhoria das ações de promoção e atenção primária à saúde.                                            

Prevalence of metabolic syndrome among patients attended at the Family Health Strategy of Barra do Garças, MT

Background: the frequency and morbimortality by chronic non-transmissible diseases have been increased in many regions of the nation. Objective: verify the prevalence of Metabolic Syndrome and possible associated factors among population attended in unities from the Family Health Strategy (ESF). Methodology: 96 adult patients from two ESFs in Barra do Garças (MT) were evaluated. Beyond the socioeconomic characterization of the sample, a food frequency questionaire was applied and the anthropometric evaluation were done (waist circumference and body mass index). After biochemical analysis (glycemia, total cholesterol and tryglycerides) the prevalence of Metabolic Syndrome was estimated according to the NCEP/ATPIII (USA) criteria. Results: the majority of patients belong to female gender, had own house, done regular health consultations, had poor regular physical activities, low income and educational level, with predominance of elderly and middle-aged people. 71% had arterial hypertension, 52% hyperglycemia, 19.8% diabetes mellitus, and 42% were diagnosed with Metabolic Syndrome. Lower family income was associated to increased risk of Metabolic Syndrome, whereas dietary drinking of four or more coffee cups was inversely associated with Metabolic Syndrome risk which did not occur with other studied variables. Conclusion: the prevalence of Metabolic Syndrome and its comorbidities frequently affected this population and deserve improved health promotion practices in the primary health care.                                    

Key-words: Metabolic syndrome. Arterial hypertension. Diabetes mellitus. Primary health care.