LESÃO RENAL AGUDA EM PACIENTES TRAUMATIZADOS HOSPITALIZADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i2.54815Palabras clave:
ferimentos e lesões, unidades de terapia intensiva, injúria renal aguda, cuidados críticos, morteResumen
Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é uma condição grave e frequente no paciente traumatizado, gera custos, maior tempo de permanência hospitalar e associa-se a elevada morbimortalidade e pior prognóstico. Objetivo: Descrever a incidência e as características clínicas de pacientes com LRA no trauma e a associação de LRA em desfechos clínicos. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, com dados de prontuários de adultos hospitalizados por trauma em unidade de terapia intensiva (UTI). Incluídos pacientes acima de 18 anos, admitidos por lesões, com permanência maior que 48h na UTI e dois resultados de creatinina. Utilizado o RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss, End-Stage) para definir a classificação da LRA e a estatística descritiva e análise bivariada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson para as variáveis categóricas. Para a avaliação das medianas dos tempos de internação foi realizado o teste Mann-Whitney. Resultados: Foram analisados 286 indivíduos hospitalizados por trauma em UTI, conforme a classificação RIFLE a LRA afetou 18,5% destes pacientes, predominantemente homens com média de 37,5 anos, tendo grande relevância nos idosos e portadores de diabetes mellitus. Os mais atingidos foram vítimas de trauma contuso, politrauma e acidentes de trânsito, a cabeça foi a parte mais afetada. O óbito e a permanência hospitalar foram fatores que apresentaram associação com a presença de LRA. Conclusão: Esta pesquisa identificou uma taxa relativamente alta de incidência de LRA na população estudada. A associação do óbito com a LRA remete a importância da identificação precoce para manejo adequado.
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