O uso probiótico no transtorno do espectro autista e na esquizofrenia: revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i4.37931Palabras clave:
Probiótico. Psicobiótico. Transtorno do Espectro Autista. EsquizofreniaResumen
Introdução: devido à grande prevalência do transtorno do espectro autista (TEA) e da esquizofrenia e o caráter incapacitante dessas patologias, fez-se necessário o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais eficientes e com menos efeitos adversos. Sendo a microbiota um regulador da inflamação e tendo esta um papel fundamental na gênese dos transtornos psiquiátricos, o uso de probióticos pode ser uma alternativa segura e com baixo custo para o tratamento complementar das doenças psiquiátricas. Objetivo: realizar uma revisão narrativa sobre a eficácia do uso de probióticos na redução de sintomas clínicos e gastrointestinais, assim como da segurança no tratamento do TEA e da esquizofrenia. Metodologia: revisão dos estudos em humanos que avaliaram os efeitos terapêuticos dos probióticos no TEA e esquizofrenia. Resultados: foram selecionados 13 estudos, sendo 8 sobre TEA e 5 sobre esquizofrenia, com total de 485 pacientes. As evidências apontam melhora dos sintomas gastrintestinais dos pacientes com TEA e esquizofrenia; entretanto, sem mudanças conclusivas dos sintomas psiquiátricos na esquizofrenia, associado a potencial benefício no TEA. Conclusão: essa revisão sugere que o uso de probióticos tem um potencial benefício nos sintomas comportamentais no TEA, associado à melhora dos sintomas gastrointestinais na esquizofrenia e TEA; entretanto, não se observou mudanças nos sintomas psiquiátricos da esquizofrenia.
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