Infecções parasitárias intestinais em crianças e adolescentes na comunidade: aspectos socioeconômicos e higiênico-sanitários
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v20i4.37299Palabras clave:
Doenças parasitárias. Doenças negligenciadas. Saúde pública.Resumen
Introdução: as parasitoses intestinais estão distribuídas mundialmente e são frequentes entre indivíduos com maior contato interpessoal. A prevalência destas infecções reflete a precariedade das condições sanitárias e socioeconômicas que propiciam sua disseminação na população. Objetivos: determinar a frequência de parasitos intestinais e analisar o perfil socioeconômico e higiênico-sanitário entre crianças e adolescentes em Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Metodologia: estudo transversal conduzido em 116 participantes a partir de entrevista e análise coproparasitológica segundo o método Hoffman, Pons e Janer. O programa EpiInfo Windows versão 3.5.4 foi utilizado para a criação e análise dos bancos de dados. Valor de p<0,05 e IC de 95% foram considerados como significativos. Resultados: foi identificada prevalência de 77,6% de indivíduos parasitados. A média de idade foi de 9,6 anos e 57,8% eram do sexo masculino. Os
patógenos mais frequentes foram Giardia duodenalis (35,5%), Entamoeba histolytica/dispar (16,6%), Enterobius vermicularis (3,3%) e Ascaris lumbricoides (1,1%). Organismos comensais foram encontrados em 93,3% dos indivíduos infectados. Verificou-se que 97,8% tinham abastecimento de água tratada; 76,7% possuíam rede de esgoto; 86,7% tinham acesso à coleta de lixo; 72,2% consumiam água filtrada ou fervida em casa e 41,1% declararam higienizar as frutas, verduras e hortaliças antes do consumo. Conclusão: foi identificada alta taxa de parasitismo retratando as condições socioeconômicas e higiênico-sanitárias da população estudada. Destaca-se a necessidade de maiores esforços para a realização de programas de educação em saúde para que a população seja modificadora da sua realidade a
partir da conscientização sobre a problemática.
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