A via das quinureninas e suas implicações na esquizofrenia
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v1i1.33570Palabras clave:
Esquizofrenia, Triptofano, MetabolismoResumen
Introdução: a esquizofrenia é uma doença mental grave heterogênea, de extrema complexidade, manifestada por vários distúrbios de cognição, pensamento, memória, comportamento e afeto. Sua fisiopatologia, apesar dos avanços, continua de difícil compreensão. Objetivo: realizar uma revisão da literatura a respeito da relação entre a via das quinureninas e a fisiopatologia da esquizofrenia. Metodologia: foi conduzida a busca de artigos através das bases de dados Medline e Lilacs, utilizando os descritores schizophrenia/esquizofrenia e as palavras-chave kynurenine pathways/via das quinureninas. Por meio desta busca, foram selecionados 38 artigos publicados entre os anos de 1990 e 2018. Resultados: estudos mais recentes vêm demonstrando que anormalidades no metabolismo do triptofano por meio da via das quinureninas poderiam estar relacionadas com os mecanismos neurofisiopatológicos da esquizofrenia. Os metabólitos gerados pela via das quinureninas possuem propriedades neuroativas. Dentre eles, destaca-se o ácido quinurênico, antagonista endógeno do receptor N-metil-D-aspartato. Seus níveis cerebrais estão aumentados em pacientes esquizofrênicos, provavelmente devido a uma condição pró-inflamatória, resultando dessa forma, em possíveis alterações neurológicas responsáveis pelo desenvolvimento da esquizofrenia. Conclusão: não somente um melhor entendimento da fisiopatologia esquizofrenia, como também o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos poderão ser obtidos a partir de um melhor entendimento da relação entre anormalidades na via das quinureninas e a gênese da esquizofrenia.
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