O lúdico na clínica psicanalítica com crianças e adolescentes com constipação intestinal funcional: um estudo prospectivo-qualitativo
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v14i3.14953Palabras clave:
Criança. Psicanálise. Lúdico. Constipação IntestinalResumen
Introdução: o lúdico, na psicanálise da criança, é uma via de acesso privilegiada do processo de simbolização e apropriação da experiência subjetiva. Objetivo: O objetivo do artigo é discorrer sobre a importância do brincar na clínica psicanalítica com crianças portadoras de constipação intestinal funcional. Fragmentos de seis casos clínicos serão apresentados e discutidos. Metodologia: pesquisa qualitativa de corte transversal com amostra de conveniência composta de nove crianças e um adolescente entre dois e 15 anos de idade, encaminhados pelo ambulatório médico, com diagnóstico de constipação intestinal funcional crônica. Através da análise de estudos de casos, a analista pesquisadora explorou com profundidade as questões psicoafetivas envolvidas no sintoma investigado. As produções lúdicas foram registradas em fotos, analisadas e associadas aos discursos da criança e dos pais. Resultados: das dez famílias do presente estudo, apenas uma não aderiu ao tratamento psicoterápico. Houve remissão do sintoma da constipação intestinal funcional em nove casos. Acima de 70% dos pacientes e famílias apresentaram: fezes endurecidas, traços de rejeição e superproteção maternas, crise no casal ou ex-casal parental, pais que lidam com as fezes como algo sujo e feio, criança com ansiedade, relação de controle mãe e filho, exercício da função paterna frágil, dificuldades na expressão da agressividade pela criança e pela família, e ambiente familiar agressivo. Conclusão: o brincar com argila, massa e tinta torna-se fundamental para que a criança portadora de constipação funcional fale e elabore, em análise, as questões envolvidas na sua relação com as fezes e com a fixação na fase anal.
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