Complicações da candidíase sistêmica em UTI neonatal

Autores

  • Cinthia Passos Assumpção Pedroso
  • Vera Lúcia Jornada Krebs

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v7i3.4472

Palavras-chave:

Candidíase sistêmica – Sepse neonatal, Candidemia - Complicações.

Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever as complicações da candidíase sistêmica em recém-nascidos admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), durante um período de 10 anos. Um estudo observacional foi realizado com 60 recém-nascidos admitidos na UTIN 1994-2003. A freqüência de candidíase foi de 1,8% e houve um predomínio do sexo masculino recém-nascidos prematuros. Baixo peso ao nascer ocorreu em 63,3% dos recém-nascidos, com 50% deles com peso inferior a 1500 gramas, e dentre esses, 23,3% pesaram < 1000g. Os achados clínicos mais freqüentes foram os sintomas respiratórios, anormalidades na temperatura, letargia, hepatomegalia e esplenomegalia. As espécies de Candida identificadas foram C.albicans (83,3%), C. tropicalis (6,7%), C.parapsilosis (5%) e C.glabrata (1,7%). Ocorreram complicações em 85% dos casos: infecção do trato urinário (66,7%), pneumonia (56,7%), meningite (13,3%), endocardite (13,3%), trombose venosa profunda (10%), endoftalmite (6,7%) e abscesso renal (1,7%). A taxa de mortalidade foi de 33,3%. Os autores concluíram que a freqüência de complicações por candidíase sistêmica foi alta, com lesões detectadas em vários órgãos e sistemas, o que provavelmente contribuiu para a alta mortalidade observada na população estudada. Os resultados obtidos mostram a importância da investigação sistemática de complicações multissistémicas em todos os recém-nascidos que tenham cultura positiva para Candida sp.

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Publicado

2008-03-02

Como Citar

Pedroso, C. P. A., & Krebs, V. L. J. (2008). Complicações da candidíase sistêmica em UTI neonatal. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 7(3), 280–287. https://doi.org/10.9771/cmbio.v7i3.4472