Desenvolvimento de um Modelo Matemático Preliminar Baseado em Escala de Cinza para Avaliação de Esteatose Hepática: Um Estudo Piloto Unicêntrico
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i3.68684Palavras-chave:
Esteato-hepatite associada à disfunção metabólica, ecogenicidade, modelo matemáticoResumo
Introdução: A ecogenicidade é uma medida utilizada em ultrassonografia para avaliar a capacidade do tecido em refletir ondas sonoras. No caso do tecido hepático, é fundamental identificar e classificar diferentes níveis de ecogenicidade para auxiliar no diagnóstico de possíveis alterações. Como a ultrassonografia é um exame dependente do operador, existe uma lacuna na definição precisa dos níveis de esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH). Objetivo: Desenvolver um modelo matemático para estimar os níveis de ecogenicidade no tecido hepático em MASH, com base em valores de escala de cinza. Método: O número comum de níveis de escala de cinza em ultrassonografia é 256. Utilizamos um conjunto de dados contendo valores experimentais de escala de cinza (Ci) e os correspondentes valores de ecogenicidade (Ei). O método dos mínimos quadrados foi aplicado para determinar as equações que descrevem a relação entre Ci e Ei. Resultados: Assumimos que E é uma função linear da escala de cinza, dada por: E = m x C + b, onde: E é a unidade de medida da ecogenicidade; C é o valor da escala de cinza (0 a 256); m é o coeficiente angular da reta que relaciona E a C; e b é o coeficiente linear da reta. Os resultados obtidos pelo método dos mínimos quadrados forneceram as seguintes equações de regressão: m = (Σ(Ci - Cm) x (Ei - Em)) / (Σ(Ci - Cm)^2) E b = Em - m x Cm. Essas equações permitiram estimar os níveis de ecogenicidade no tecido hepático com base nos valores de escala de cinza. Assim, em uma escala de cinza variando de 0 a 256, o tecido hepático com ecogenicidade normal apresentou valores na faixa de 120 a 150; esteatose hepática leve apresentou valores entre 150 e 180; MASH moderada apresentou valores entre 180 e 210; e MASH grave apresentou valores acima de 210. Conclusão: As equações de regressão obtidas pelo método dos mínimos quadrados podem ser utilizadas para calcular os graus de MASH. Essa estimativa pode auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento das alterações do tecido hepático em exames ultrassonográficos.
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