ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO: boas práticas de residentes de enfermagem em uma maternidade nordestina
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i1.65191Palavras-chave:
Enfermagem Baseada em Evidências, Parto humanizado, Trabalho de parto, Enfermeiro obstetraResumo
Introdução: A assistência ao parto tem evoluído, embora ainda enfrente resquícios de um modelo tecnocrático e medicalocêntrico. A adesão às boas práticas no Brasil está aquém do esperado. Enfermeiros residentes podem contribuir para mudanças no modelo assistencial. Objetivo: Avaliar a associação de boas práticas de atenção ao parto entre variáveis sociodemográficas e obstétricas em parturientes assistidas por residentes de enfermagem em uma maternidade pública do nordeste brasileiro. Metodologia: Estudo transversal realizado com parturientes atendidas por residentes em uma maternidade pública do nordeste brasileiro. Os dados foram coletados das fichas de parto, livros do recém-nascido e prontuários, sendo contabilizado o número de boas práticas recebidas pelas mulheres, a fim de constituir a variável desfecho, que foi associada às variáveis independentes mediante Teste U de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, com análise post hoc de Dunn. Resultados: O estudo incluiu 132 parturientes, todas recebendo ao menos uma boa prática, com mediana de 8 práticas por parto (Q1=6; Q3=9). A maioria tinha entre 20 e 30 anos (52,3%), era solteira (85,6%), parda (53,4%) e sem vínculo empregatício (75,0%). Mulheres com maior escolaridade receberam mais boas práticas em comparação àquelas com menor nível de instrução (p-valor=0,008) e primíparas receberam um número significativamente maior de boas práticas em comparação às multíparas (p-valor=0,007). Conclusão: As associações identificadas suscitam a necessidade de estratégias que promovam a equidade no acesso às boas práticas de atenção ao parto, considerando o impacto das condições sociodemográficas e obstétricas na qualidade do cuidado oferecido.
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