Estudo fitoquímico e propriedades de Andira paniculata Benth (Fabaceae) na inibição de linhagens tumorais de leucemia, próstata e carcinoma de cólon
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i1.54353Palavras-chave:
Astilbina, Atividade Antibacteriana, Citotoxicidade, Engeletina, EpicatequinaResumo
Introdução: o Cerrado brasileiro abriga inúmeras espécies de plantas, incluindo as do gênero Andira, ou angelins, conhecidas por suas propriedades anti-helmínticas e inseticidas. Objetivo: avaliar a atividade tóxica, antibacteriana e citotóxica das frações das folhas de Andira paniculata Benth e investigar os constituintes químicos presentes neste material. Metodologia: a toxicidade das frações foi avaliada frente ao microcrustáceo Artemia salina. Os ensaios antimicrobiano e citotóxico foram realizados in vitro através dos testes de microdiluição em caldo e MTT [brometo de 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil)-2,5-difenil-2H-tetrazólio], respectivamente. O isolamento das substâncias foi realizado por meio de cromatografia em coluna e as estruturas foram identificadas por RMN (Ressonância Magnética Nuclear) 1D e 2D e espectrometria de massas Resultados: as frações metanólica, acetato de etila e diclorometânica foram atóxicas
frente à A. salina. Não foi observado efeito inibitório ou bactericida das frações frente à nenhuma das bactérias testadas: Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. A fração diclorometânica apresentou inibição do crescimento de três linhagens de células tumorais: HL60 (leucemia, IC50 33,06 μg.mL-1), HCT-116 (carcinoma de cólon, IC50 70,07 μg.mL-1) e PC3 (próstata, IC50 80,04 μg.mL-1), e não inibiu o crescimento de células não tumorais (L929, fibroblasto murino). O estudo fitoquímico revelou a presença de três flavonoides na fração acetato de etila: (-)-epicatequina, engeletina e astilbina. Conclusão: os resultados obtidos demonstram o potencial da fração diclorometânica das folhas de A. paniculata em inibir o crescimento celular
das linhagens tumorais de leucemia, próstata e carcinoma de cólon. Em relação ao estudo fitoquímico, trata-se do primeiro relato de ocorrência de flavonoides em A. paniculata.
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