Correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i2.53321Palavras-chave:
Isquemia, Estenose das Carótidas, HipertrigliceridemiaResumo
Introdução: a doença cerebrovascular tem etiologia multifatorial, dependendo de predisposição genética e elementos ambientais relacionados à dieta e ao estilo de vida. Assim como a hipertensão arterial e o diabetes, a dislipidemia também é considerada um fator de risco importante. O controle da hipercolesterolemia há algum tempo é alvo do tratamento e da prevenção da aterosclerose, inclusive da estenose carotídea e consequentemente de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Por outro lado, há poucos estudos associando a hipertrigliceridemia com o grau de doença carotídea. Objetivo: fazer a correlação entre hipertrigliceridemia e estenose carotídea em pacientes com AVCi. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa-descritiva. Analisou-se prontuários de 100 pacientes com diagnóstico de AVCi, além de dados sociodemográficos, fatores de risco, sinais e sintomas clínicos, assim como exames complementares. Considerou-se estenose crítica da carótida aquela igual ou maior que 70% e hipertrigliceridemia se valores maiores que 150 mg/dl. Resultado: a média de idade dos pacientes foi de 69,6 anos. A maioria era do sexo feminino (54%), predominava déficit motor (79%) e de linguagem (63%). O fator de risco mais encontrado foi hipertensão arterial sistêmica (79%). Observou-se que 38% tinham hipercolesterolemia e 35% tinham hipertrigliceridemia. Estenose crítica de carótida esteve presente em 9,21% e todos desse subgrupo apresentavam hipertrigliceridemia (p=0,008 e odds-ratio=3,7). Conclusão: existe uma associação positiva entre hipertrigliceridemia, estenose de carótida e acidente vascular encefálico.
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