Resistência das populações de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae) aos inseticidas utilizados para o controle
estado da arte do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v21i1.44458Palavras-chave:
Dengue. Aedes aegypti. Resistência a Inseticidas. PesticidasResumo
Introdução: cerca de quatro bilhões de pessoas residem em áreas com risco de dengue, uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae). Na tentativa de combater esse vetor e reduzir a disseminação da dengue, o meio de controle vetorial frequentemente utilizado são os inseticidas. Entretanto, o uso indiscriminado destes no controle do mosquito está relacionado aos mecanismos de resistência desse vetor. Objetivo: mapear as evidências científicas relacionadas à resistência do mosquito A. aegypti aos inseticidas utilizados para o controle populacional. Metodologia: revisão de escopo, segundo metodologia Instituto Joana Briggs, em bases de dados indexadas: PubMed, Embase, CINAHL, Web of Science, SCOPUS e Biblioteca Virtual em Saúde. Através do mnemônico PCC (população, conceito e contexto), elaborou-se a estratégia de busca utilizando descritores do Decs e Mesh. Resultados: foram encontrados 1.631 estudos sobre a temática. Após critérios de elegibilidade e seleção, foram incluídos 30 estudos específicos sobre resistência do Aedes aegypti a inseticidas foram incluídos na revisão. A maior parte tratou de forma experimental e 28 (93,3%) estudos trabalharam o controle químico. Em relação à resistência a inseticidas, em 20 estudos (66,6%) constatou-se resistência metabólica e em 9 (30%) a resistência mediada pela alteração da variabilidade genética. Os estudos que observaram mutação não deixam claro se a mutação gênica é especificamente devido à ação mutagênica aos inseticidas. Conclusões: o A. aegypti desenvolve adaptações que lhe conferem resistência aos inseticidas, sendo que esses mecanismos de resistência estão relacionados à variabilidade genética e a adaptações metabólicas, que são transmitidas a seus descendentes ao longo das gerações. Assim, torna-se necessário um avanço nos estudos visando não apenas identificar e explicar os mecanismos de resistência, mas encontrar meios alternativos de manejo que possam controlar o inseto sem ocasionar resistência aos mesmos.
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