Perfil epidemiológico de pacientes com Hemofilia A e doenças associadas ao uso do fator VIII/recombinante
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v20i4.43969Palavras-chave:
Hemofilia A. Fator VIII. Inibidor de fator.Resumo
Introdução: o Brasil é o quarto país em casos de Hemofilia A. O tratamento é infundir o fator de coagulação ausente. Reações ao uso do fator podem incluir manifestações alérgicas, doenças virais transfusionais e aloanticorpos. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico de pacientes com Hemofilia A, e as doenças associadas ao uso do fator VIII e fator VIII recombinante. Metodologia: estudo transversal descritivo e retrospectivo. A coleta de dados foi realizada nos prontuários de pacientes com diagnóstico de hemofilia A, preenchidos com mais de 70% das informações, na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, Brasil. Resultados: o Ministério da Saúde identificou no Estado do Amazonas, o registro de 276 indivíduos com diagnóstico de Hemofilia A. Incluídos para análise neste estudo 164 prontuários. Características sociodemográficas: homens 99,4%, adolescentes (28%) e jovens (26,8%); de cor parda 67,1%, ensino fundamental incompleto 28,6% e, exercendo a ocupação de estudante 42,7%. Condição clínica: 36,6% classificados com hemofilia A grave. Todos os pacientes tiveram diagnóstico clínico e laboratorial. O parentesco mais comum é o de irmãos com 35,3%. Sintomas predominantes: hemartrose 45,4%; dor 31,9%; edema 24% e artropatia 8,5%. O fator VIII
recombinante, administrado em 34,8% dos pacientes, enquanto o fator VIII plasmático em 28,0%. Administrados doses de 2000UI a 2999UI. As complicações: artralgia 77,4% e hemorragia 77,4%. Conclusão: cuidados qualificados dos profissionais de saúde auxiliam na prevenção de complicações sérias, resultando em qualidade de vida ao hemofílico.
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