Frequência Alfa na meditação Gurdjieff

Autores

  • Naíma Loureiro de S. Costa UFBA
  • Thaise Graziele L. de O. Toutain
  • José Garcia V. Miranda
  • Abrahão Fontes Baptista
  • Eduardo Pondé de Sena

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i4.42666

Palavras-chave:

EEG quantitativo. Ritmo alfa. Relaxamento. Estado alterado de consciência. Sitting.

Resumo

Introdução: A meditação é uma prática que visa regular o estado mental e as emoções, podendo induzir a estados alterados de consciência. Dentre inúmeras técnicas de meditação, o trabalho proposto por George I. Gurdjieff, inclui práticas voltadas para o recolhimento da atenção e o equilíbrio entre a atividade do corpo, da mente e do sentimento. Estudos realizados com eletroencefalografia (EEG), avaliando o estado meditativo em geral, demonstraram um padrão cerebral caracterizado pelo aumento da amplitude dos ritmos eletroencefalográficos alfa e teta, bem como diferenças na atividade alfa entre a meditação e o relaxamento. Entretanto, isto não está caracterizado em meditadores da linha de G.I. Gurdjieff, que praticam, além de meditações sentadas, exercícios corporais acompanhados de uma música própria e exercícios de atenção durante a vida diária. Objetivo: Comparar a atividade cerebral da frequência alfa durante os estágios de meditação e relaxamento e avaliar as diferenças entre as regiões frontal, central e occipital nesses dois estados, em meditadores experientes do grupo Gurdjieff, de Salvador-Bahia-Brasil. Metodologia: A coleta da atividade cerebral dos 8 voluntários foi realizada através do EEG. O protocolo de coleta adotado foi de 6 minutos de relaxamento e 12 minutos de meditação. Resultados: Foi encontrado aumento significativo da potência alfa durante a meditação, quando comparada ao relaxamento. As regiões frontal e central não apresentaram diferenças entre si para a potência alfa, enquanto a região occipital apresentou aumento da potência alfa em comparação com as regiões frontal e central. Existe um aumento da densidade de alfa durante a meditação em todas as regiões cerebrais testadas, com maior densidade na região occipital. Conclusão: A frequência alfa comporta-se de forma diferente durante a meditação, comparada ao relaxamento, com um aumento da densidade de potência durante o estado meditativo em todas as regiões avaliadas, sendo a região occipital a que apresentou maior potência.

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Biografia do Autor

Naíma Loureiro de S. Costa, UFBA

Mestranda em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas do Instituto de Ciências da Saúde-ICS/ UFBA

Thaise Graziele L. de O. Toutain

Doutoranda em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas do Instituto de Ciências da Saúde-ICS/ UFBA

José Garcia V. Miranda

Professor Titular do Departamento de Física da Terra e do Meio Ambiente, do Instituto de Física, UFBA

Abrahão Fontes Baptista

Centro de Matemática, Computação e Cognição, Universidade Federal do ABC, São Paulo, Brasil

Eduardo Pondé de Sena

Professor Associado do Departamento de Biorregulação, do Instituto de Ciências da Saúde-ICS/ UFBA.

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

Loureiro de S. Costa, N., L. de O. Toutain, T. G., Garcia V. Miranda, J., Baptista, A. F., & Pondé de Sena, E. (2020). Frequência Alfa na meditação Gurdjieff. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 19(4), 531–536. https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i4.42666