Identificação de alterações genéticas relacionadas à síndrome do X frágil e ao transtorno de espectro do autismo por meio de ferramentas de bioinformática
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i2.34910Palavras-chave:
Síndrome do X-Frágil. Autismo. Expressão Gênica Diferencial. Neurocomportamental.Resumo
Introdução: a Síndrome do X Frágil (FXS) é a forma mais prevalente de deficiência intelectual herdável, e é a principal causa monogênica
para o desenvolvimento de Transtorno de Espectro do Autismo (TEA). Objetivo: o objetivo do presente estudo é identificar RNAm
associados à possíveis vias neurocomportamentais na SFX como no TEA, através de ferramentas de bioinformática. Metodologia:
para identificação de possíveis vias alteradas entre a SFX e pacientes com TEA, utilizamos os bancos de dados GSE65106 e GSE21348
para anotação, visualização e descoberta integrada (DAVID 6.8). O valor de p <0,05 e fold change maior que 2 vezes (FC > 2) definidos
como os limiares para a identificação de genes diferencialmente expressos (DE-RNAm). Resultados: foi possível identificar cerca
de 32 DE-RNAm com funções em vias de spliceossomo, apoptose, transcrição, e em vias neurológicas comportamentais expressos
exclusivamente na SFX. Os genes CAPNS1, HNRNPK, HNRPM, foram identificados como hipoexpressos em indivíduos com síndrome
do X Frágil. Estes genes tem importante função moduladora nas respostas do potencial de longo prazo (LTP), plasticidade neural, e em
transportadores de serotonina (SERT) alterando respostas que englobam humor, cognição e comportamentos, além de interferirem
no receptor de dopamina (D2R) alterando as funções motoras e circuitos de recompensa. Conclusão: os genes CAPNS1, HNRNPK,
HNRNPM foram identificados como marcadores genéticos neurocomportamentais importantes para a síndrome do X-frágil com
expressão diminuída na doença, indicando uma possível modulação desses genes em aspectos fenotípicos marcantes da doença.
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