Estilo de vida e autopercepção em saúde no controle do Diabetes Mellitus tipo 2
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.28426Palavras-chave:
Diabetes Mellitus. Estilo de vida. AutoavaliaçãoResumo
Introdução: o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa uma doença crônica de elevada prevalência, sendo o estilo de vida responsável
pela maioria dos novos casos. Além disso, a percepção que o paciente diabético possui acerca de sua doença atua como fator de
proteção. Objetivo: verificar se o estilo de vida e a autopercepção em saúde interferem no controle glicêmico de pacientes com DM2.
Metodologia: estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido com pacientes diabéticos de um Hospital Universitário. Os
dados foram coletados por meio de um questionário e analisados utilizando o teste qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher,
quando apropriado, para determinar associações. O nível de significância foi fixado em 5% (p<0,05). O controle glicêmico foi avaliado a
partir dos valores da glicemia de jejum e hemoglobina glicada A1C (HbA1C). Resultados: a maioria dos pacientes era do gênero feminino,
tinha 60 anos ou mais, possuía baixa renda e escolaridade. Além disso, eram tabagistas, etilistas e estavam com a doença descontrolada.
Foram verificadas associações estatisticamente significantes entre o nível de controle glicêmico e gênero (p=0,003), tabagismo (p=0,004),
sedentarismo (p<0,001), escovação dentária (p<0,001) e uso de fio dental (p<0,001). Por fim, a maior parte acreditava haver relação
entre DM2 e amputação de membros (90,2%), hipertensão arterial sistêmica (72,5%) e catarata (62,7%). Conclusão: destaca-se a
importância do acompanhamento dos pacientes diabéticos e ressalta-se que a autopercepção amplia as possibilidades de acesso aos
serviços de saúde. Ademais, os dados obtidos fornecem informações a serem utilizadas para a prevenção das complicações do DM2.
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