Realização de interação mediada por telefone com idosos após a alta hospitalar:experiência de um programa de residência multiprofissional
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i1.28367Palavras-chave:
idoso. Uso de medicamentos. Alta do paciente. Atenção primária à saúde.Resumo
Introdução: a transição do cuidado, principalmente no momento da alta hospitalar, é considerada um momento crítico e de muita
ansiedade para o paciente. Destacam-se os problemas relacionados ao uso de medicamentos, principalmente quando ocorrem
mudanças nas prescrições de fármacos no momento da alta, quando comparado aos medicamentos prescritos na pré-internação.
A continuidade do uso de novos medicamentos após a alta pode gerar comprometimentos, principalmente quando nos referimos
aos pacientes idosos, que apresentam especificidades fisiológicas e cognitivas que influenciam o uso dos medicamentos. Com o
intuito de melhor identificar possíveis barreiras e propiciar segurança durante a continuidade do cuidado, um grupo composto por
farmacêuticos propôs a realização de Interação Mediada por Telefone (IMT) com pacientes idosos que receberam alta hospitalar
e que encontravam-se no ambiente domiciliar. Objetivo: identificar as ações realizadas e resultados alcançados por meio da IMT.
Metodologia: realizou-se um estudo transversal de caráter exploratório, onde os registros em prontuários eletrônicos e planilha do
serviço de IMT foram analisados, com descrição do perfil dos pacientes e realização de regressão logística a partir das características
dos pacientes e equipe de referência a qual pertenciam na internação (Acidente Vascular Cerebral; Equipe Idoso Frágil; Cuidados
Paliativos; Equipe de oferecimento de cuidados aos pacientes com Comprometimento do Pé Diabético e Equipe de Atendimento a
Pacientes com Fratura de Fêmur). Resultados: 87 pacientes idosos participaram do IMT sendo 44 (50,6%) do sexo feminino e 43 (49,4%)
do sexo masculino. A média da idade dos pacientes foi de 73,7 anos, com desvio padrão de 8,3. Um percentual de 52,9% dos pacientes
relataram procurar atendimento na Atenção Primária após a alta hospitalar, 20% relataram dificuldade no acesso, 13% relataram uso
de medicamentos diferentes dos prescritos na alta, conforme orientação médica na Atenção Primária, e 13% automedicação. No
modelo final da regressão logística, identificou-se que idade igual ou superior a 75 anos foi associada positivamente ao pertencimento
do paciente na equipe Idoso Frágil/Cuidados Paliativos. Ainda no modelo final, a ocorrência de automedicação também esteve
positivamente associada à equipe Idoso Frágil (OR=6,8; p<0,05).Conclusão: entende-se que o serviço de IMT apresentou-se como
interessante ferramenta para identificação de problemas farmacoterapêuticos após a alta hospitalar. Automedicação após a alta
hospitalar esteve associada positivamente aos pacientes das equipes cuidados paliativos/idoso frágil quando comparado à Unidade
AVC e idade inferior a 75 anos esteve positivamente associada à Equipe complicações do pé diabético.
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