Associação entre hiperinfecção por Strongyloides stercoralis e HTLV-1: um relato de caso

Autores

  • Joelma Nascimento de Souza UFBA
  • Márcia Cristina Aquino Teixeira UFBA
  • Neci Matos Soares UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v13i3.12950

Palavras-chave:

Strongyloides. HTLV-1. Diagnóstico.

Resumo

Objetivo: Descrever um caso de hiperinfecção por S. stercoralis em uma paciente sem diagnóstico prévio de imunocomprometimento, apresentando resistência ao tratamento anti-helmíntico. Relato de caso: Em dezembro de 2010, uma mulher de 47 anos foi encaminhada ao Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, relatando tosse, dor abdominal, náuseas e vômitos. A paciente foi diagnosticada com hiperinfecção por Strongyloides stercoralis, detectando-se cerca de 2.500 larvas/g de fezes. Exames adicionais para a presença de outros agentes infecciosos mostrou positividade para HTLV-1. O tratamento para a hiperinfecção por Strongyloides foi realizado, inicialmente, com 400 mg/dia de albendazol, durante três dias. Depois de um mês, novos exames parasitológicos indicaram que a paciente ainda estava infectada com S. stercoralis (200 larvas/g de fezes) e o ELISA para detecção de anticorpos IgG específicos foi positivo. O tratamento foi repetido, na mesma dose que anterior e, cerca de três meses depois, a paciente ainda continuava infectada com S. stercoralis. Neste momento, foi prescrito ivermectina (6 mg, dose única). Após um mês, os exames parasitológicos foram negativos. O acompanhamento do tratamento, através de exames parasitológicos, foi realizado por cerca de um ano. Após esse período, tanto o exame parasitológico como o ELISA para detecção de anticorpos IgG específicos foram negativos. Conclusão: Este relato de caso confirma estudos anteriores que demonstram que a ivermectina é o medicamento de escolha para tratamento da hiperinfecção por Strongyloides stercoralis. Além disso, este estudo aponta a necessidade de investigação quanto à existência de agentes/doenças imunossupressoras em casos de hiperinfecção sem histórico de imunocomprometimento.

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Biografia do Autor

Joelma Nascimento de Souza, UFBA

Mestre em Farmácia. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, ICS, UFBA

Márcia Cristina Aquino Teixeira, UFBA

Professora Adjunto, Faculdade deFarmácia, UFBA

Neci Matos Soares, UFBA

Professora Associada, Faculdade de Farmácia, UFBA.

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Publicado

2014-03-10

Como Citar

de Souza, J. N., Teixeira, M. C. A., & Soares, N. M. (2014). Associação entre hiperinfecção por Strongyloides stercoralis e HTLV-1: um relato de caso. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 13(3), 427–430. https://doi.org/10.9771/cmbio.v13i3.12950

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