A apropriação do discurso hegeliano por Lukács e os entraves à emancipação em A reificação e a consciência do proletariado.
Palavras-chave:
Lukács, Hegel, História e consciência de classe, dialéticaResumo
O artigo pretende analisar o quarto ensaio de História e consciência de classe sob a perspectiva da influência da filosofia hegeliana sofrida por Lukács. Mais precisamente, o objetivo é compreender a articulação dos conceitos de reificação/racionalização e emancipação desenvolvida em A reificação e a consciência do proletariado a partir primordialmente da relação das categorias da quantidade e da qualidade exposta na Doutrina do ser da Ciência da lógica de Hegel. Deste tratamento serão derivadas algumas incompatibilidades entre as premissas das quais parte Lukács, como a eliminação do nível puramente ideal ou lógico da dialética, e as conclusões às quais o autor é impelido para que a perspectiva da emancipação permaneça sustentável.
Downloads
Referências
FAUSTO, R. Marx: Lógica & Politica. Tomo 1. São Paulo: Brasiliense, 1983.
GIANNOTTI, J.A. Certa herança marxista. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. HEGEL, G. W.F. Enciclopédia das ciências filosóficas, Volume I: A Ciência da Lógica. Trad. Paulo Meneses. São Paulo, Loyola, 1995.
______________. Fenomenologia do espírito. Trad. Paulo Meneses. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
_____________. Princípios da filosofia do direito. Trad. Paulo Meneses, Agemir Bavaresco, Alfredo Moraes, Danilo Costa, Greice Barbiere, Paulo Konzen, São Paulo: Ícone, 1997.
LUKÁCS, G. História e consciência de classe. Trad. Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
MARX, K. O capital. Crítica da economia política. Trad. Regis Barbosa, Flávio Kothe. São Paulo: Nova Cultural, 1985.