Crítica da pintura pura, de Greenberg x Realismo em Edward Hopper
Resumo
O projeto a ser apresentado pretende discutir algumas questões acerca da transição entre modernismo e contemporâneo na arte; avaliando as transformações do discurso modernista entre os anos 30 e 60 e contextualizando as influências do crítico de arte usado: Clement Greenberg.
Para ele o modernismo deu-se a com a intensificação de uma autocrítica que se iniciou com Kant, que – “usou a lógica para estabelecer os limites da lógica” e, reduzindo sua jurisdição, deixá-la mais segura no que lhe restou; assim, a arte também teve que determinar o que era peculiar a si mesma, ou seja, uma crítica da pintura como pura. Para Greenberg, enaltecer a pintura, fazer a obra ser vista antes de tudo como obra pintada do que pelo que há pintado nela, era a melhor
maneira de ver qualquer tipo de pintura. A arte abstrata se encaixava em tal definição, glorificando a planaridade e o não-figurativo. Porém, nos anos 30 o termo “moderno” era abrangente, assim, artistas realistas como Hopper estariam subsumidos sob o conceito de “moderno”. Já nos anos 60, devido à grande influência de Greenberg e o seu ensaio “Pintura Modernista”, uma arte como a de Hopper corria o risco de não ser mais considerada moderna pelo fato de não ser abstrata. Porém, poucos anos depois, o Expressionismo Abstrato já era considerado um estilo superado e estéril, inclusive por Greenberg. Finalmente, com a arte pop, o trabalho de Hopper voltou a ser considerado moderno e tido pelos artistas da pop como um precursor da pintura contemporânea.
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Referências
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