Seminários Espaços Costeiros
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros
<p>As discussões oriundas dos Seminários Espaços Costeiros, ocorridos a cada dois anos e a cada três anos a partir de 2013, decorrem de apresentações e debates entre estudiosos e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento para refletir sobre a ocupação humana e as relações com a natureza em regiões que concentram a maior parte da população em escala mundial: as regiões costeiras.<br />Área do conhecimento: Interdisciplinar <br />ISSN (online): 2447-732X - Periodicidade: Anual</p>pt-BRSeminários Espaços Costeiros2447-732XAPRESENTAÇÃO
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/20133
Catherine Prost
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
EXPEDIENTE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/20132
Catherine Prost
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
USOS E CONFLITOS NA RESERVA BIOLÓGICA DE SANTA ISABEL NO TRECHO DA ZONA COSTEIRA DO GRUPO DE BACIAS COSTEIRAS 01 - SERGIPE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18436
A Reserva Biológica de Santa Isabel (REBIO), situada nos município de Pirambu e Pacatuba no estado de Sergipe, foi criada com o intuito de preservar os ecossistemas costeiros compostos por vegetação de restinga, cordões de duna, lagoas temporárias e permanentes e ambientes estuarinos, além de abrigar o maior sítio reprodutivo de tartaruga marinha Lepidochelys olivácea em território brasileiro. Tendo em vista a importância da REBIO e pela mesma localizar-se integralmente na faixa costeira, esse trabalho objetiva apresentar os conflitos decorrentes dos diferentes usos da zona costeira nesta área. Essa unidade de conservação apresenta restrições de uso para algumas atividades e tem o objetivo de preservar integralmente os recursos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. Porém, apesar da preservação integral da reserva, foram encontradas algumas atividades produtivas como a exploração de hidrocarbonetos, viveiros de peixe, carcinicultura, formação de pastagens para gado na restinga, criação de animais, plantação de coco, assim como depósito de lixo clandestino em torno da unidade e tráfego de veículos no trajeto realizado pelos filhotes para atingir o mar. Diante do pouco incentivo, envolvimento e preocupação da população com a conservação da reserva, os ambientes naturas mais próximos às comunidades são os mais afetados. Isso evidencia o distanciamento da comunidade em relação ao ambiente, a falta de incentivo pelos órgãos e a necessidade de políticas públicas capazes de promover a conservação do ecossistema local, minimizando os conflitos socioambientais locais.Sinthia Araujo BarretoTaís Kalil Rodrigues
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08CARTOGRAFIA ÉTNICA COMO INSTRUMENTO DE FORTALECIMENTO E DE LUTA NO QUILOMBO RIO DOS MACACOS
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18446
Este artigo objetiva explanar as relações de conflito no território étnico do Quilombo Rio dos Macacos, comunidade que desde a década de 1960 está inserida em um contexto de conflito com a Marinha do Brasil. A partir da judicialização do conflito, em 2009, esta comunidade encontrou diversos mecanismos de resistência e de enfrentamento político. A etnocartografia se apresenta como instrumento políticopedagógico capaz de desvelar a realidade e de fortalecer a identidade territorial. Nesse contexto, o artigo aqui apresentado é reflexo de assistência técnica prestada ao Quilombo Rio dos Macacos a partir da Assistência Técnica em Habitação e Direito à Cidade do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia entre 2013 e 2015.Paula Regina de Oliveira CordeiroLuana Figueiredo de OliveiraCatherine Prost
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08PROPOSTA DE ZONAS AMBIENTALMENTE RELEVANTES PARA OS MUNICÍPIOS DE ITAPARICA E VERA CRUZ – BA: UM APORTE AO ORDENAMENTO TERRITORIAL E À CONSERVAÇÃO FRENTE AO DECRETO ESTADUAL 13.388/2011
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18437
Este trabalho teve como objetivo subsidiar o ordenamento territorial dos municípios de Itaparica e Vera Cruz – Bahia através da sugestão de áreas com relevância ambiental para serem destinadas à conservação e preservação. Foi delimitado o uso da terra da ilha de Itaparica e espacializada a legislação referente a APPs, focando nos problemas socioambientais e fragilidades dos ecossistemas. Em seguida foram sugeridas áreas com relevante interesse ambiental, classificadas de acordo com sua localização em relação a áreas vulneráveis. Observou-se que os dois municípios da ilha apresentam alto nível de antropização e degradação ambiental, decorrentes do seu histórico de ocupação. Por fim conclui-se que a definição de áreas ambientalmente relevantes é de grande importância para a gestão municipal e seu ordenamento territorial, por direcioná-los a instituir áreas prioritárias de ação governamental que visam à preservação e restauração de seus recursos ambientais. Deste modo, tais áreas ambientalmente relevantes devem ser instituídas como áreas legalmente protegidas e consideradas sob regime normativo especial, considerando o disposto na Constituição Federal, Política Nacional de Meio Ambiente e Sistema Nacional de Unidades de Conservação.Maysa Jacqueline Andrade Vieira
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DO USO DOS RECURSOS NATURAIS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARTICIPATIVA: O CASO DA RESEX MARINHA ACAÚ-GOIANA PB/PE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18438
O presente trabalho apresenta uma parte dos resultados obtidos por meio do trabalho desenvolvido junto ao PNUD/ICMBio Regional 6 - Cabedelo/ RESEX Acaú-Goiana PB/PE, realizado no ano de 2011/2012, que utilizou como metodologia o mapeamento participativo do uso dos recursos naturais bem como o uso do GPS e mapas com escala de 1:25000 e 1:50000 para registro em polígonos das áreas de uso dos recursos naturais. O desenvolvimento do trabalho contou com a participação dos pescadores (as) da Resex e os membros do grupo de trabalho (GT) para Formação do Conselho Deliberativo da RESEX. A metodologia proposta permite que por meio da participação efetiva, que os envolvidos demostrem seus conhecimentos sobre o território e sua cultura, fortalecendo tanto sua identidade, quanto sua autoestima, dignidade e minimizar ou excluir os riscos dos impactos indesejáveis, possibilitando-lhes reafirmaremse como protagonistas de suas histórias. A proposta metodológica consistiu em três momentos distintos: o primeiro, de coleta de dados em campo: o segundo, de geoprocessamento e georreferenciamento dos dados espaciais e tabulação de dados quantitativos e qualitativos relativos ao mapeamento participativo dos territórios e no terceiro o retorno das informações as populações tradicionais. O mapeamento foi realizado por meio de oficinas participativas onde se verificou as formas de uso do território e localização das áreas em crise dos recursos naturais e áreas de impactos negativos. Cada uma dessas etapas articula de modo diferente a expertise profissional e o conhecimento das populações tradicionais, sendo validadas por ambos.Daniela Alves CarvalhoJorge Glauco Costa NascimentoPatrícia Greco CamposMarisol Menezes PessanhaElivan Arantes de SouzaCarlos Alberto Campos Borba
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08OCUPAÇÃO DA ORLA MARINHA E OS PROCESSOS EROSIVOS COSTEIROS NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18439
De forma geral, as informações obtidas nas pesquisas acadêmicas, sobretudo aquelas que tratam das questões ambientais, são abordadas pela mídia de forma truncada e com certo apelo sensacionalista. Com os processos de erosão costeira na Cidade de João Pessoa não é diferente, o discurso em voga atribui como causa dos processos erosivos costeiros os aspectos de ordem global, relacionados ao efeito estufa e à consequente oscilação do nível do mar. Isso cria um entendimento distorcido da realidade, pois, na maioria dos casos os fatores relacionados à dinâmica local em consórcio com o processo de ocupação de algumas áreas da orla marinha respondem de forma mais rápida e eficiente às alterações na dinâmica natural local do que os possíveis reajustes na linha de costa relacionados ao aquecimento global. Nesse sentido, este artigo tem o objetivo de desmitificar o entendimento de que os processos erosivos costeiros atuais em João Pessoa constituem uma consequência imediata do aquecimento global. Para isso, procura-se delinear o que se entende por causas naturais e como as atividades da sociedade contribuem, em curto espaço temporal, no sentido de provocar alterações no delicado equilíbrio dinâmico natural. Como método de pesquisa, utilizou-se o raciocínio analógico-dedutivo. Na prática, as informações contidas neste texto não se constituem em descobertas ou fatos novos que subsidiem o entendimento integral das causas dos processos erosivos costeiros em João Pessoa. Constituem apenas um esforço no sentido de unir as informações existentes para se entender de forma mais realista esses processos, diferente do senso comum, que atribui como causa o aquecimento global.Magno Erasto de AraújoLarissa Fernandes de LavorVinícius Ferreira de Lima
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM DO LITORAL NORTE DA BAHIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO NA ZONA COSTEIRA DE CONDE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18440
Historicamente, a zona costeira se constitui como um espaço privilegiado onde diversas civilizações humanas se assentaram e usufruíram das suas potencialidades ambientais. Durante vários momentos da história humana, os espaços costeiros adquiriram uma importância distinta, importância essa vinculada, sobretudo, a sua vantagem locacional. Em países de origem colonial como o Brasil, onde os primeiros núcleos urbanos foram fundados ao longo da costa, a relevância desses espaços se faz sentir no seu poder de articulação através dos fluxos comerciais continentais e intercontinentais. No período colonial brasileiro as vilas e povoados litorâneos tinham o papel de escoar a produção através dos seus portos e importar mercadorias para o consumo da colônia.Marcus Henrique Oliveira de JesusAnízia Conceição Cabral de Assunção Oliveira
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08O SABER-FAZER-SER PESCADOR ARTESANAL NO ESTADO DA BAHIA: PRODUÇÃO, COTIDIANO E CONFLITOS
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18466
As comunidades tradicionais pesqueiras da Bahia possuem tradicional modo de viver e de lidar com a natureza. Com base produtiva principalmente familiar, a captura realizada pelas mais de 600 comunidades identificadas no estado, visa principalmente à comercialização, como forma de obter/garantir os recursos necessários a sua sobrevivência. A relação de apropriação desenvolvida pelos pescadores artesanais com a natureza é caracterizada por extremos laços de identidade, pertencimento e principalmente, respeito, onde são desenvolvidos valores simbólicos e materiais que asseguram o seu modo de vida tradicional. E por vez, asseguram características especificas aos seus territórios. São essas especificidades, dentre outras, que caracterizam o saber-fazer-ser pescador artesanal no estado. Todavia, mesmo com toda sua importância, o que tem se observado, são essas comunidades num processo cotidiano de luta e resistência contra a invisibilidade histórica que as caracteriza e que, de certa forma, tem evidenciado as contradições existentes e influenciado diretamente no surgimento de disputas territoriais e conflitos. Os pescadores baianos têm buscado, no decorrer do tempo, manter viva a cultura, a identidade, o respeito, os laços de pertencimento – a tradicionalidade – que caracterizam o seu modo de vida. Nesse cenário, temos como objetivo central desse artigo analisar e compreender teóricoempiricamente como se dar à práxis do “saber-fazer-ser pescador artesanal” no estado da Bahia. Verificando sua importância, espacialização e, algumas questões atuais, em especial as que envolvem as disputas territoriais/conflitos existentes.Kassia Aguiar Norberto RiosGuiomar Inez Germani
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08A EXPRESSÃO DA PESCA ARTESANAL NA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES ONDE ESTÃO OS PESQUISADORES
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18433
Em todo o Brasil inúmeros geógrafos abordam em seus trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses as problemáticas da pesca artesanal. Esta análise objetiva apresentar a sumarização desses estudos, o que favorece estabelecer diálogos entre os trabalhos e constitui em uma estratégia para o fortalecimento de uma rede de cooperação acadêmica e social. Entre as justificativas enfatiza-se que a espacialização desses trabalhos permite pensar possibilidades para problemáticas da pesca artesanal brasileira como respostas da geografia. Para a análise dos trabalhos utilizou-se diversas técnicas de pesquisa como a análise do conteúdo dos 66 trabalhos disponíveis em arquivo digital e a análise das 82 respostas de questionários respondidos, por meio de plataforma digital, por geógrafos que abordam a pesca artesanal em seus estudos. Assim foram contemplados 104 trabalhos, os quais foram georreferenciados para a representação espacial dos resultados. A análise permitiu compreender que a maioria desses pesquisadores estão vinculados a instituições de ensino superior federais e estaduais, respectivamente. Estes pesquisadores estão em 18 unidades da federação, sendo que as regiões sudeste e nordeste concentram mais pesquisadores. Estes estão vinculados principalmente como professores, e a formação mais evocada é licenciatura em geografia. A análise também expõe a atuação desses geógrafos como professores universitários (31) que abordam a pesca artesanal em atividades de ensino, pesquis e extensão. Cabe destacar que foram mapeados os grupos e projetos de pesquisa, que abordam a pesca artesanal na geografia brasileira. Quanto as pesquisa analisadas, estas ocorrem em 39 instituições de ensino superior, sendo que a região sudeste concentra mais instituições. Destaca-se que os períodos de 2005-2010 e 2010-2015 expoem um enorme avanço em número e expansão dessas pesquisas pelo Brasil. A principal modalidade de pesquisa é de mestrado (66 dissertações), que ocorrem em todas as regiões brasileiras, principalmente nas regiões sul, sudeste e nordeste. A região nordeste é a que mais concentra pesquisas de doutorado. Os principais conceitos abordados são território, espaço e ambiente, respectivamente. Destaca-se que esses trabalhos fazem referências à ocorrências de impactos sobre a pesca. Do ponto de vista do método enfatiza-se a composição metodológica na maioria dos trabalhos, mas também a forte ultização do Materialismo Histórico e Dialético. O principal grupo analisado são as comunidades, mas também as colônias e associações de pescadores. A espacialização desses trabalhos permitiu pensar a pesca artesanal e a própria geografia brasileira. Esta se configura em uma analise panorâmica (de sobrevoo) que permitirá identificar, relacionar e perceber possibilidades e lacunas na produção acadêmica da geografia quanto às problemáticas da pesca artesanal. Soma-se a isso a identificação de tais geógrafos, para integrá-los em um trabalho em rede.Cristiano Quaresma de Paula
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08DINÂMICA PESQUEIRA DE GAMBOA NO MUNDO RURAL COSTEIRO DO MUNICÍPIO DE CAIRU-BA
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18434
Tendo o Município de Cairu como lócus de um mundo rural costeiro, o presente trabalho objetiva revelar a dinâmica dos modos de vida da localidade de Gamboa, situada no norte de Cairu, frente à atual situação do município. Partiu-se do entendimento que o mundo rural na atualidade é complexo em pluriatividade e modos de vida, cujas características expressam as relações cotidianas resultantes de um longo processo de desenvolvimento. No caso de Cairu, as características ambientais ilhéus, no contexto de ações político-econômicas articuladas por múltiplas escalas, integram a atual tessitura municipal, marcada pela presença resiliente da pesca frente aos diversos fatores que contribuem para seu enfraquecimento. Além dos procedimentos de pesquisa bibliográfica, as amplas pesquisas de campo (realizadas entre os anos de 2013 e 2015) através de observação, iconografia e entrevistas a lideranças locais, pescadores e população, possibilitaram identificar nas dinâmicas existentes que a atividade pesqueira na localidade se expressa simbolicamente e concretamente no cotidiano; bem como ainda está viva e é praticada mantendo muitas de suas características passadas de geração em geração demostrando a tradicionalidade local. A este resultado denominamos resiliência diante de impactos significativos decorrentes das mudanças no perfil produtivo da localidade pela dinâmica atual de desenvolvimento do município.Luis Henrique Couto PaixãoCristina Maria Macêdo de AlencarManuel Vitor Portugal Gonçalves
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE GÊNERO FEMININO NA COMUNIDADE PESQUEIRA DE BOM JESUS DOS POBRES, SAUBARA – BA – BRASIL
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18435
Este artigo aborda uma analise das políticas públicas que beneficiam as pescadoras artesanais do distrito de Bom Jesus dos Pobres, município de Saubara, Bahia - Brasil, entre 1988 a 2013. Foram realizadas oito oficinas de mapeamento participativo, subsidiando a construção de uma Cartografia Social, com o objetivo de dar voz e visibilidade às mulheres pescadoras. Esta ferramenta de gestão de políticas públicas reuniu informações sobre o histórico da atividade pesqueira; dados sobre os recursos pesqueiros; dificuldades, problemas sociais e de infraestrutura, e as políticas públicas direcionadas às pescadoras. A Cartografia Social foi apresentada como Trabalhos de Conclusão de Curso de Mestrado, na modalidade de produção técnica, contribuindo com informações sobre a pesca do território de identidade do Recôncavo da Bahia - Brasil, na promoção do desenvolvimento da atividade de pesca.Regys Fernando de Jesus AraujoFábio Pedro Souza de Ferreira BandeiraAcácia Batista Dias
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08AMEAÇAS E VULNERABILIDADES DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS (BTS): VISANDO MITIGAÇÃO PARA O SEU PLANEJAMENTO
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18455
Efetuou-se levantamento dos riscos, vulnerabilidades, ameaças e, capacidades. Foram identificados processos de geração de desastres, considerando-se as diversas forças sociais e políticas, onde se concluiu que o desastre é gerado ao longo do tempo. Também foram trabalhadas as bacias hidrográficas, processos naturais, uso e ocupação do solo e consequências socioambientais na pessoa humana, comunidades e sua interferência em situações adversas. Os dados secundários foram coletados sobre documentos oficiais e sítios eletrônicos de órgãos públicos e empresas, assim como nos planos diretores de grandes empreendimentos instalados na área. Os dados primários foram oriundos de anotações elaboradas pelo autor a partir dos anos 90, em diversas visitas efetuadas e pareceres redigidos em variados temas para regiões continentais e insulares da área em estudo. Todos esses dados geraram uma caracterização e um diagnóstico socioambiental. Usou-se como critério básico, o levantamento de dados físicos, biológicos e antrópicos. Os riscos e seus fatores internos foram identificados tendo a análise contemplada também os efeitos cumulativos advindos dos processos industriais e das atividades portuárias. A principal conclusão é a existência de vulnerabilidades institucionais e sociais, dentre as quais se destaca a falta de inserção do risco na cultura gerando a não percepção das ameaças, das vulnerabilidades, das capacidades e das ações prospectivas mais consequentes. Os resultados podem servir de ponto de partida na avaliação e interpretação de simulações de cenários futuros, com efeitos ambientais e socioeconômicos a serem considerados no planejamento para o desenvolvimento desta região e outras.José Augusto Saraiva Peixoto
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08PROCESSOS COSTEIROS EM MORFOLOGIAS DUNARES DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D’AJUDA
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18456
Os processos costeiros são responsáveis pela interação dinâmica, formação e manutenção dos sistemas dunares. As morfologias de dunas são influenciadas pelos processos eólicos, ondas e marés. Enquanto que a mobilidade é influenciada pelos usos e pela densidade da cobertura vegetal. O objetivo deste artigo é analisar os principais processos costeiros em morfologias dunares influenciados pelo uso e ocupação das terras no município de Itaporanga D’Ajuda. A metodologia utilizada sustentada no modelo GTP (Geossistemas- Território- Paisagem) aplicado para compreender a dinâmica da planície costeira, através da utilização de imagens de satélites, pesquisa bibliográfica e cartográfica, além de pesquisa de campo. No município de Itaporanga D’Ajuda, as dunas frontais apresentam feições alteradas e/ou parcialmente destruídas pela erosão costeira em razão da alteração do nível do mar local, potencializada pelos usos e ocupação como a pecuária, construções para veraneio e restaurantes que propiciaram a remoção da restinga concorrendo para intensificar a remoção de sedimentos. Os campos de deflação apresentam dunas embrionárias e dunas dômicas entremeadas com a superfície, que após chuvas formam lagoas temporárias. Nessas áreas tem trânsito de animais e remoção de restinga, que tem como consequências o aparecimento de degraus de erosão nas morfologia e perda da estabilidade morfológica. Os cordões de dunas com feições de maior altura, mais antigas, estão colonizadas por coqueiros, restinga e serrapilheira, em alguns lugares encontram-se em explotação, consequentemente alterando a dinâmica morfogenética, a mobilidade e as morfologias dunares.Laíza Lima SantosDebóra Barbosa Silva
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08INTERAÇÕES DOS PROCESSOS AMBIENTAIS NA PAISAGEM DO MUNICÍPIO COSTEIRO DE BREJO GRANDE/SERGIPE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18457
O município de Brejo Grande situa-se no litoral norte do Estado de Sergipe, na foz do rio São Francisco, em um setor de Planície Costeira, um ambiente de dinâmica complexa formado por campos dunares, terraços marinhos, lençóis de areia e planície fluviomarinha, feições resultantes da conjugação de processos oceanográficos, hidrológicos, eólicos e climáticos. Deste modo, o trabalho tem por objetivo analisar as interações entre os processos que participam da dinâmica ambiental – marinhos, fluviais e os de origem antrópica – e suas repercussões na paisagem. A análise foi pautada na concepção sistêmica representada pelo modelo Geossistêmico de Bertrand (1972). Como procedimentos foram realizados levantamento bibliográfico e cartográfico, trabalhos de campos e elaboração de mapas temáticos – geologia, geomorfologia e pedologia. Os resultados alcançados permitiram identificar que sobre os componentes naturais da paisagem interagem correntes de marés, correntes de deriva litorânea, ondas e hidrodinâmica fluvial que comandam os processos morfodinâmicos. A ação humana interfere na dinâmica do sistema natural a partir do uso e ocupação das terras. Atualmente, a morfodinâmica revela uma tendência para o predomínio de processos erosivos nas margens do rio São Francisco e na faixa praial próximo desembocadura, que podem estar associados à baixa vazão e redução do aporte da carga sedimentar desse rio. Consequentemente, as correntes de maré que adentram os canais fluviais provocam a salinização das lagoas comprometendo as atividades produtivas como a rizicultura.Bruna Leidiane Pereira SantanaNeise Mare de Souza AlvesRay Santos AndradeMarta Cristina Vieira Farias
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08ESTUDO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NA ZONA COSTEIRA DE SAUBARA –BA- UM DESAFIO PARA A GESTÃO AMBIENTAL
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18458
O gerenciamento costeiro é de suma importância para regular ações e estabelecer critérios que se destinam a diminuir os conflitos socioambientais nas regiões litorâneas. Desse modo, umas das soluções eficazes de conservação ambiental é o saneamento básico, cujo serviço abrange o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, coleta de lixo e drenagem urbana. Além disso, contribui para a prevenção da poluição dos recursos hídricos e dos solos, promovendo o bem-estar da população com a promoção da saúde pública. O presente artigo propõe uma análise acerca do saneamento básico na zona costeira de Saubara –Bahia, com ênfase nos resíduos sólidos, discutindo os fatores de salubridade ambiental que põe em risco o equilíbrio desse ambiente. Evidencia-se, assim, que as questões relacionadas à gestão ambiental do referido município, tem demonstrado fragilidades na oferta de infraestrutura de saneamento básico, principalmente, no que se refere à disposição de resíduos sólidos causando impactos negativos aos sistemas ambientais e desconforto a população local. A partir da interpretação dos resultados, verificou-se que a área de estudo carece de gerenciamento ambiental, visto que há uma irregularidade na coleta e na disposição de lixo em vias públicas. Outrossim, observa-se nos cursos d’água o acúmulo de resíduos como sacolas plásticas, garrafas pets e efluentes domésticos, os quais comprometem a vitalidade dos recursos hídrico e na balneabilidade das praias. Para tanto, utiliza-se neste estudo três fases metodológicas, a saber: revisão bibliográfica, coleta de dados de dados e discussão dos resultados.Michelle Pereira da C. da SilvaAna Paula Santana Rigaud RamosDanilo da Silva CarneiroEdilsa Oliveira dos SantosSheylla Patrícia Gomes do Nascimento
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08INTERAÇÕES AMBIENTAIS E RISCOS NA PLANÍCIE COSTEIRA DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D’AJUDA
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18459
As formas de uso e ocupação das terras na planície costeira do município de Itaporanga D’Ajuda alteram os processos geomorfológicos, hidrológicos, oceanográficos e biológicos desencadeando diversos riscos ambientais. Este artigo objetiva analisar as interações entre os processos geoecológicos e o uso e ocupação da planície costeira do município de Itaporanga D’Ajuda. A metodologia utilizada está baseada na análise integrada da paisagem, no modelo Geossistema, Território e Paisagem para compreender a dinâmica espacial e os riscos ambientais. Para esta análise foram realizados procedimentos como pesquisa bibliográfica e cartográfica, análise das imagens de satélite e pesquisa de campo. No terraço marinho, usos como a carcinicultura, pecuária, cocoicultura e aterro de lagoas para implantação de residências alteram os processos morfogênicos e as morfologias propiciando o desequilíbrio das funções geoecológicas. Nas dunas, a retirada da vegetação nativa, a extração de areia e a presença de construções intensificam o transporte eólico e a mobilidade das morfologias soterrando áreas do terraço marinho que apresentam diversos usos. Na praia, as atividades turísticas e de lazer bem como a instalação de equipamentos urbanos concorrem para intensificar os processos oceanográficos e a erosão costeira desencadeando riscos à ocupação em núcleos urbanos. Nos manguezais a exploração de espécies vegetais com diversas finalidades e a carcinicultura proporcionam alterações nos processos biológicos e hidrológicos que influenciam a perda da biodiversidade, tornando o planejamento das atividades essencial para a estabilização dos processos e minimização dos riscos ambientais.Jaqueline da Silva dos SantosDebora Barbosa da Silva
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08TEORIA GERAL DOS SISTEMAS E O PLANEJAMENTO DA ORLA URBANA DE SALINÓPOLIS - PA
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18460
O ecossistema manguezal no município de Salinópolis (PA) apresenta dinâmica singular em razão de intervenções sociais potencializadoras de dinâmicas econômicas (como o turismo), bem como de dinâmicas naturais (poluição de mangues). A construção da orla urbanizada nas praias do Maçarico e Corvina contribuiu para a incorporação destes espaços mais intensamente na dinâmica urbana, acabando por influir de forma deletéria nos ambientes de manguezal. Cabe então analisar como a teoria geral dos sistemas pode contribuir para o entendimento da paisagem de manguezal, bem como entender quais dinâmicas são potencializadas ou mesmo geradas pelas intervenções antrópicas no ambiente de manguezal, fazendo-se uso de técnicas para levantamento de dados primários com trabalhos de campo, elaboração de croquis e observação sistemática, tendo como aporte dados secundários disponíveis no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi possível constatar que há um maior aporte de água doce oriundo do escoamento de áreas agora impermeabilizadas em detrimento do da percolação da água no solo e que o manguezal caracteriza-se como geossistema regressivo com geomorfogênese ligada à ação antrópica.Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08MORFOLOGIAS DUNARES INFLUENCIADAS PELA DINÂMICA ANTROPOGÊNICA NO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D’AJUDA, SERGIPE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18461
Na planície costeira do município de Itaporanga D’Ajuda, o ambiente constituído por dunas está caracterizado pela variedade de processos e feições influenciados por fatores climáticos, oceanográficos, geomorfológicos e sociais. O principal objetivo deste artigo é classificar e caracterizar as morfologias dunares a partir da dinâmica antropogênica na planície costeira do município de Itaporanga D’Ajuda. A metodologia utilizada está baseada na análise integrada e dinâmica da paisagem costeira, em sistemas de classificação de dunas de autores distintos, na análise multitemporal de imagens de satélites e pesquisa de campo. O sistema de dunas deste município é constituído por feições erosionais e deposicionais. Dentre as feições erosionais destaca-se o campo de deflação composto por superfícies de paleodeflação colonizadas por restinga herbácea e ocupadas por pecuária extensiva que formam lagoas temporárias, além da superfície de dunas embrionárias resultante do processo de recomposição da restinga herbácea apesar do trânsito de veículos e animais. Feições deposicionais apresentam-se à vanguarda da costa como dunas frontais escarpadas e abatidas pela erosão costeira, enquanto que à retaguarda, o complexo cordão formado por dunas ativas, parcialmente ativas e ativas propiciam feições de dunas parabólicas, dômicas, barcanas e de precipitação em razão de práticas como a cocoicultura, agropecuária e pecuária extensivas, extração vegetal e de areia, além da urbanização., Alterações na morfodinâmica costeira deste município propiciaram a gênese de novas morfologias dunares decorrentes de atividades rurais e urbanas.Débora Barbosa da SilvaNeise Mare de Souza AlvesLaíza Lima dos Santos
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08GEODIVERSIDADE DO SISTEMA COSTEIRO DE ESTÂNCIA/SE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18462
Geodiversidade é compreendida comotodo o sistema abiótico que mantém as condições de vida no nosso ambiente. Seu uso tem sido realizado de maneira exploratória, principalmente nos ambientes costeiros, o que implica em perdas no âmbito cientifico, cultural e geológico. Esta pesquisa tem como objetivo identificar os elementos da geodiversidade da região litorânea do município de Estância/SE/BR; analisar os usos sociais evalorar a geodiversidade da localidade (valores intrínseco, cientifico, turístico e de uso/gestão) e sugerir medidas voltadas para a geoconservação em âmbito local. Para tal, foram realizados levantamentos bibliográficos e de campo. Em seguida, foi utilizada a metodologia proposta por Pereira (2010) para avaliar e valorar a geodiversidade local. A zona costeira do município de Estânciatem características naturais singulares com um grande valor ambiental e de interesse econômico. Em termos geológicos, predominam sedimentos cenozóicos das Formações Superficiais Continentais. No litoral do município as dunas têm destaque, estando estas associadas ao geossistema litorâneo de restinga. Em função destes valores intrínsecos, tem atraído o uso turístico desordenado e a especulação imobiliária associada. Se tratando de patrimônio hídrico, nos ambientes estuarinos destacam-se os manguezais com rica fauna e flora, amplamente pressionados pela carcinicultura. Ao aplicar a proposta metodológica de valoração, constata-se o elevado valor científico e intrínseco local, com alto grau de impacto antropogênico e ausência de uso ordenado do patrimônio natural costeiro, o que põe em risco a geodiversidade local. Palavras-chave: geodHenato SantosRodrigo MelloMárcia Carvalho
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08A RESTINGA COMO RECURSO PARA AS COMUNIDADES COSTEIRAS: O CASO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SANTA CRUZ - BREJO GRANDE, SE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18463
O meio físico está composto por um conjunto de elementos naturais, que se tornam recursos para os grupos humanos que ali se instalam. Para as comunidades tradicionais que habitam os espaços costeiros, as espécies da restinga são um recurso que proporcionam usos na saúde e na alimentação, entre outros. A comunidade quilombola do povoado Santa Cruz se reproduz socialmente em um ambiente composto por manguezal e restinga. O conhecimento sobre os usos das espécies da restinga é ancestral, repassado através de gerações. Assim, este estudo tem por objetivo analisar a relação da comunidade referida com a restinga, enquanto recurso do ambiente, e seus usos. A análise se apoia nos princípios holístico-sistêmicos, entendendo-se a dinâmica ambiental como resultante da interação entre os componentes naturais e a sociedade. Foram realizadas coletas de material botânico fértil e entrevistas com membros da comunidade para conhecer como as utilizam. Até o momento foram identificadas 58 espécies. Desse total, sete espécies são aproveitadas para diversos fins, sendo 42,85% (três) utilizadas como recurso alimentar, na produção de sucos e apreciação dos frutos, com destaque para o Cambuí (Myrciaria floribunda) mencionado pela maioria dos entrevistados. No tratamento da saúde, preparo de cataplasmas, infusões e chás, foram citadas a Amescla (Protium heptaphyllum) e a Sambacaitá (Mesosphaerum pectinatum). Como recurso madeireiro, foram referidas as espécies Canela-de-veado ou Pirunga (Eugenia ligustrina) usada no cercamento de terrenos e construção de casas de taipa e o Genipapinho (Tocoyena sellowiana).Ray Santos AndradeNeise Mare de Souza AlvesMarta Cristina Vieira FariasBruna Leidiane Pereira SantanaMaria Antonia Menezes Figueiredo
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08CARACTERIZAÇÃO EXPEDITA DO LITORAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA- PB
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18464
A ocupação das zonas costeiras pela urbanização tem levado a problemas ambientais resultantes da interferência direta ou indireta do balanço sedimentar, ocasionado em muitos dos casos pelo engessamento das praias por projetos de engenharia urbana associada a fenômenos naturais ligados a dinâmica costeira. Por leis gerais esses ambientes são considerados meios instáveis, em que se têm os processos de erosão e progradação, como resultante da interação da morfologia e do clima da região e que por sua vez tem a capacidade de alterar o meio físico, interferindo assim, no meio geográfico, onde o homem se faz presente. Diante disso, verifica-se a necessidade de realizar estudos relacionados tanto às mudanças provocadas pelas intervenções humanas, como aquela relacionadas às características naturais dos ambientes costeiro, na tentativa de entender a dinâmica em cada local. Essa pesquisa tem o objetivo de caracterizar a linha de costa do município de João Pessoa-PB. Como metodologia, realizou-se: levantamento bibliográfico e cartográfico; confecção de material para pesquisa em campo; investigações em campo; análise das informações colhidas; e a elaboração de mapas temáticos da linha de costa do município de João Pessoa-PB. Através das observações feitas na área, verificou-se que o litoral de João Pessoa, pode ser dividido em dois setores: o setor norte, que vai da praia do Seixas até a desembocadura do rio Jaguaribe; e o setor sul que vai do Seixas até a desembocadura do rio Gramame. Seu litoral encontra-se bastante urbanizado, principalmente no setor norte, o que confere ao ambiente mudanças em suas formas naturais.Larissa Fernandes de LavorVinicius Ferreira de LimaMagno Erasto de Araújo
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08REPERCUSSÕES DAS MUDANÇAS AMBIENTAIS NA MORFODINÂMICA COSTEIRA E ATIVIDADES PRODUTIVAS EM BREJO GRANDE – SE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18465
A paisagem se caracteriza por uma dinâmica definida na interação de um conjunto de elementos naturais com o componente antrópico. Em Brejo Grande, município costeiro do litoral norte de Sergipe, as mudanças ambientais decorrentes das interferências antropogênicas na hidrodinâmica do rio São Francisco são visíveis. As consequências afetam o ambiente, a economia local e, consequentemente, a população. Diante do exposto, este trabalho tem por objetivo analisar as repercussões das mudanças ambientais sobre os processos morfodinâmicos costeiros e atividades produtivas de Brejo Grande, com ênfase nas interações entre os processos fluviais e marinhos. A análise foi conduzida segundo a concepção sistêmica, requerendo trabalhos de campo. No estudo foram abordados os componentes geoambientais e suas inter-relações, para compreensão do funcionamento do sistema ambiental que rege a paisagem. Constatouse que as ações antrópicas na área da bacia hidrográfica do rio São Francisco, em particular a construção de barragens, interferem na sua hidrodinâmica, e alteram a intensidade dos processos fluviais e marinhos ocasionando problemas como – focos erosivos nas margens e o avanço da cunha salina no canal de drenagem. As mudanças ambientais estão contribuindo para a salinização da água dos riachos e das lagoas na planície de inundação, onde se praticava a rizicultura. Como resultado, tem-se uma nova orientação econômica em expansão na área, a aquicultura, principalmente, a carcinicultura.Neise Mare de Souza AlvesDébora Barbosa da SilvaBruna Leidiane Pereira de SantanaRay dos Santos AndradeMarta Cristina Vieira Farias
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08AS POLÍTICAS DO ESTADO E AS POLÍTICAS DAS EMPRESAS: O CASO DO CIRCUITO ESPACIAL DE PRODUÇÃO DE EMBARCAÇÕES EM NITERÓI E SÃO GONÇALO
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18441
A presente pesquisa visa analisar o papel das cidades de Niterói e São Gonçalo, localizadas no Estado do Rio de Janeiro, no circuito espacial de produção de embarcações. Busca-se compreender as dimensões produtiva, geográfica e institucional do circuito, quais seriam seus principais atores e quais normas o organiza. Com uma pesquisa preliminar constatamos que os estabelecimentos ligados à indústria naval em Niterói e São Gonçalo remontam ao período colonial e a primeira república. Entre 1940 e 1970 o Estado se fortalece como grande impulsionador para a ampliação da frota nacional de navios mercantes, chegando a seu apogeu entre 1970 e 1980, quando a indústria naval brasileira passou a ser considerada a segunda maior do mundo, com mais da metade dos trabalhadores do ramo concentrados nos dois municípios. Após um grande período de crise e quase extinção de estaleiros nos municípios entre os anos 1980 e 1990, no início dos anos 2000 observa-se os primeiros sinais de retomada dos estímulos do governo federal para a indústria naval. Ao longo da referida década foram lançados diversos programas para a revitalização do ramo no Brasil voltando-se principalmente para a exploração de petróleo offshore, cita-se o Promef. Percebe-se que o Estado exerce o papel de agente central para impulsionar o circuito espacial de produção de embarcações no Brasil. Se essa dependência traz grande demanda para a produção de navios, atualmente essa posição causa uma das maiores crises já vistas no ramo. Torna-se, portanto, essencial analisar os desafios apresentados ao circuito e as consequências para a população em decorrência dessas oscilações recorrentes.Maíra Neves de Azevedo
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08EXPANSÃO DO TURISMO NO MUNICÍPIO DE CAIRU E AMEAÇA AO MODO DE VIDA PESQUEIRO DA LOCALIDADE DE SÃO SEBASTIÃO
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18442
A atividade pesqueira, sobretudo a artesanal, ainda se mantém viva no espaço costeiro do Brasil, coexistindo com outras atividades econômicas e modos de vida que passaram a se apropriar economicamente desses espaços nas últimas décadas, como o turismo por exemplo. O turismo tornou-se para muitos municípios vetor de crescimento econômico, provocando um conjunto de transformações em escala local. Porém sua expansão tem gerado impactos na atividade pesqueira e consequentemente prejudicando a manutenção dos modos de vida dos pescadores artesanais. Essa realidade é vivida pela localidade de São Sebastião, localizada no sul do Município de Cairu no litoral leste da Bahia. Tal localidade, formada em sua maioria por pescadores artesanais se vê ameaçada pela expansão do turismo no município e mais diretamente com a chegada de um novo empreendimento a ser construído em torno da localidade, modificando a dinâmica socioambiental da ilha e impactando o desenvolvimento da pesca e seus modos de vida. Propõe-se estudar os impactos que o turismo vem causando nos espaços litorâneos do município de Cairu, especialmente São Sebastião. Para isso, metodologicamente, fez-se pesquisas de campo entre os anos de 2013 e 2014 para realização de entrevistas, iconografia, bem como acompanhamento de audiências públicas para o licenciamento de um empreendimento. Concluiu-se que a expansão do turismo, no modelo em que vem sendo desenvolvido, não vem trazendo qualidade de vida, demandando estudos de impactos mais consistentes e ações mitigadoras.Luis Henrique Couto Paixão
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08CONSIDERAÇÕES SOBRE O FLUXO DE EXCURSIONISTAS EM BOM JESUS DOS POBRES-SAUBARA- BA
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18443
Neste estudo analisa-se as transformações socioespaciais relacionadas às atividades turísticas – excursionismo – em Bom Jesus dos Pobres, no município de Saubara-BA. Discute-se as mudanças – empreendidas com a intensificação do turismo de massa em Bom Jesus dos Pobres – ocorridas tanto no fluxo quanto no perfil dos excursionistas e os rebatimentos no lugar. Para isso, avaliou-se a infraestrutura turística local, que atualmente recebe em suas praias um elevado número de visitantes nos finais de semana, durante os dias de sol, principalmente no verão. Os excursionistas em sua maioria oriundos das cidades do Salvador-BA e Feira de Santana-BA, compõem os grupos sociais de baixos rendimentos. O distrito de Bom Jesus dos Pobres possui uma população de 1.954 habitantes, dispõe de uma infraestrutura turística precária e com poucos serviços, possuindo 15 estabelecimentos de hospedagem, bares e restaurantes simples; barracas de praia e um pequeno comércio. Bom Jesus dos Pobres é conhecido por ter belas praias, por se tratar de uma localidade litorânea o turismo de excursão se faz presente como uma das atividades econômicas importantes. Embora seja um turismo sazonal de sol e mar, o distrito vem passando por modificações significativas. O que antes era um lugar de tranquilidade passou a ser um lugar de agitação e festas, num crescente fluxo de excursionistas, sobretudo nos períodos de alta estação.Ana Paula Santana Rigaud RamosCristovão de Cássio da Trindade de Brito
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08URBANIZAÇÃO TURÍSTICA DO LITORAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE ARACAJU - SE E BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18444
Os destinos de litorais apresentam um elevado dinamismo resultante do desenvolvimento turístico, urbanístico e demográfico. Apesar do turismo de sol e praia ainda se constituir em um dos principais motores da atividade turística no Brasil, alguns destinos têm desenvolvido grandes estratégias de reestruturação e de requalificação para manter a competitividade em um cenário em que há uma oferta diversificada e se alteram os comportamentos da demanda. Neste processo, ganham especial importância as intervenções de âmbito urbanístico, com implantação de equipamentos e infraestruturas, que visam revitalizar os espaços e acabam gerando alterações dos/nos seus usos. Partindo desse pressuposto, o objetivo deste artigo é compreender o processo de (re) qualificação gerado pela atividade turística nos destinos litorais das praias de Atalaia (Aracaju/SE) e praia Central (Balneário Camboriú/SC) e os impactos nos usos e funções do território. Para isso, realizamos a pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, pesquisas bibliográficas e visitas de campo. Os destinos foram selecionados considerando a importância dos mesmos como indutores da atividade turística em suas respectivas regiões. Buscou-se analisar territorialmente os investimentos públicoprivados recentes para qualificar os destinos, sejam em obras de infraestrutura e/ou construção de equipamentos turísticos, ademais da valorização turística de forma associada a processos de revalorização imobiliária e de deslocamento de usos e de populações tradicionais.Cristiane Alcântara de Jesus SantosAntonio Carlos CamposJennifer Caroline Soares
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08AREMBEPE: DE REFÚGIO À POLO TURÍSTICO
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18445
A utilização da natureza como recurso para o desenvolvimento de atividades econômicas é inerente as sociedades humanas. No setor de serviços a atividade turística vem se destacando na parcela de arrecadação econômica, isso impulsionado principalmente na pelos investimentos do setor público e privado, de modo a se tornar uma das atividades econômicas de grande destaque em geração de renda no mundo principalmente na sociedade pós industrial. A partir dessa conclusão é importante analisar quais são as modificações que a intensificação dessa atividade pode proporcionar a esses territórios. A escolha do litoral do município de Camaçari como campo de análises e estudos, mais especificamente o distrito de Arembepe, foi motivada pelo destaque que a área nos últimos anos tem apresentado, tendo como principal objetivo fomentar e consolidar a área como polo turístico nacional e internacional. Observando a contradição existente entre a utilização do meio ambiente como principal mercadoria e a sua degradação ocasionada pelo desenvolvimento dessa atividade e como a comunidade local é afetada.Jéssica Santos da Silva
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08A RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE CORUMBAU, BAHIA-BRASIL: UM ESPAÇO DE ESPERANÇA?
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18447
As políticas públicas traduzem a necessidade de se pensar o espaço a partir das demandas sociais, por isso suas diretrizes devem nortear a ação do Estado para uma aplicação adequada dos recursos públicos para toda sociedade. As políticas públicas nascem de um conflito social e, em um espaço dialético e contraditório, compreende-se que a luta social é necessária para que estas sejam legitimadoras, eficazes e, sobretudo atendam as demandas coletivas. Estima-se que as mediações sociais devem buscar o consenso entre os diferentes agentes sociais, os resultados e benefícios destas ações atendam grande parte da sociedade. As políticas públicas ambientais estão assentadas na precaução e prevenção de eventos futuros, em decorrência da ascensão da ecologia na agenda política dos estados no último quarto do século XX e da pressão dos movimentos sociais. Contudo as unidades de conservação de uso sustentável, em especial as resex (reservas extrativistas) marinhas, enfrentam as ações engendradas pelos agentes do capital hegemônico que, ao impor suas lógicas econômicas, resumem o espaço a mercadoria. O tempo revela a omissão por parte do Estado e do poder público e a presença de um Estado mínimo, oculta a diversidade das relações sociais e espaciais, além de revelar um conflito latente que se instaura no espaço e sobre o território das resex marinhas da Bahia e do Brasil. O espaço por sua vez é produzido, apropriado e reproduzido por diferentes lógicas, que muitas vezes nos revelam surpresas, decepções, frustrações e quem sabe esperança. O presente trabalho objetiva analisar e discutir a importância de políticas públicas ambientais para o planejamento e a gestão das reservas extrativistas marinhas, de modo que as mesmas não sejam precedentes para especulação imobiliária, valorização ou desvalorização do território. Apesar de toda contradição contida no espaço, a luta pela sobrevivência destes locais se mantém viva a partir da politização dos seus sujeitos que trazem consigo a esperança de um espaço singular, que assegure suas territorialidades e saberes locais. A efetivação de uma política pública perpassa por uma ação governamental que garanta o desenvolvimento local dessas áreas. Para que este processo se mantenha vivo e contínuo, é necessário que seus sujeitos locais tenham a capacidade de exercitar formas de gestão e negociação entre os distintos interesses dos agentes envolvidos em um mesmo território, ou seja, a prática desse exercício permite que ambas as partes possam expor suas particularidades e interesses. Portanto, as manifestações socioespacias levantadas neste estudo nos levam a concluir que a dimensão econômica do território está inserida lógica materialista e capitalista que exclui e segrega os sujeitos que pensam ou que produzam diferentemente.Soraia Monteiro AfonsoCatherine Prost
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08A INTENSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO E CONFLITOS FUNDIÁRIOS NA ZONA COSTEIRA DE INDIAROBA/SE
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18448
Ao longo do tempo histórico, o território passa por momentos de desvalorização, valorização e revalorização social e econômica que é acompanhado pelo uso e exploração de variados recursos técnicos e naturais, e da mesma forma, proporciona fenômenos geográficos de aglomeração e dispersão. O processo de ocupação da zona costeira do município de Indiaroba/SE vem sendo impulsionado nos últimos anos pela construção de materialidades geográficas que promoveram uma maior fluidez territorial, que possibilita o desenvolvimento de variadas atividades econômica nessa área. Concomitantemente a reestruturação econômica pela qual Indiaroba vem passando, emergem conflitos fundiários, uma vez a expansão do turismo e da carcinicultura promoveram uma grande valorização do solo, intensificado assim o loteamento e o cercamento de novas áreas para veraneio e construção de segundas residências, restringindo o acesso da população local a áreas onde anteriormente eram desenvolvidas atividades econômicas tradicionais, como a pesca e a coleta da mangaba. Assim, o presente artigo tem por objetivo analisar a intensificação do uso do solo e os conflitos fundiários que vem ocorrendo na zona costeira de Indiaroba/SE.Carla Norma Correia dos SantosJosé Wellington Carvalho Vilar
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08QUANDO O EUCALIPTO CHEGA NA MARÉ: ESTUDOS SOBRE OS IMPACTOS DA MONOCULTURA DE EUCALIPTO NAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO GUAÍ – MARAGOJIPE (BA)
https://periodicos.ufba.br/index.php/secosteiros/article/view/18449
O presente artigo é fruto de pesquisas de campo realizadas junto ao Grupo de Pesquisa Costeiros/ UFBA sobre os impactos territoriais do processo de produção e valorização capitalista do espaço das comunidades tradicionais costeiras, tendo as comunidades quilombolas do Guaí, na Resex Baía do Iguape, como recorte escalar; impactos provenientes do monocultivo de eucalipto desenvolvido nas áreas das comunidades, no entorno da Unidade de Conservação (UC). O artigo é parte do Trabalho de Conclusão de Curso em Geografia da presenta autora.Carolina Silva Sapucaia
Copyright (c) 2016 SEMINÁRIOS ESPAÇOS COSTEIROS
2016-11-082016-11-08