Com Açúcar, com Afeto? A Profissionalização do Fazer Amador de Doces Artesanais de Pelotas
DOI:
https://doi.org/10.9771/23172428rigs.v1i3.10054Palavras-chave:
Artesanato, Gênero, Cultura, Produção Artesanal, Práticas Amadoras.Resumo
Este artigo busca compreender como as transformações culturais provocadas pelo exercício profissional da atividade doceira na cidade de Pelotas, RS, implicaram reelaboração de sentido para esta produção artesanal. A discussão proposta foi articulada em torno das teorias de gênero que exploram a relação entre trabalho e práticas sociais, interessantes para investigar de que maneira o saber-fazer até então relacionado à herança familiar de mulheres burguesas tornou-se assunto de interesse geral e converteu-se em um empreendimento público e desincorporado. A coleta de dados deu-se através do método de história de vida, que captou a narrativa autobiográfica de D. Anette Ruas, doceira local cuja biografia exemplifica o fenômeno estudado. A análise dos dados permitiu compreender que, no contexto cultural em questão, o reconhecimento público do artesanato cultivado por um grupo específico de mulheres implica descaracterização das práticas tradicionais e a conversão do saber amador em um empreendimento comercial.Downloads
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Publicado
2012-04-20
Como Citar
Figueiredo, M. D. de, & Cavedon, N. R. (2012). Com Açúcar, com Afeto? A Profissionalização do Fazer Amador de Doces Artesanais de Pelotas. Revista Interdisciplinar De Gestão Social, 1(3). https://doi.org/10.9771/23172428rigs.v1i3.10054
Edição
Seção
Contribuição Teórica