Revista de História da UFBA
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<p>A Revista de História da UFBA, criada em 2009, é uma iniciativa discente que tem como objetivo divulgar a produção historiográfica de graduandos e pós-graduandos em História e áreas afins. Desta forma, busca contribuir com a difusão, diversidade e democratização da produção acadêmica, visando fortalecer o acesso horizontal, livre e gratuito à divulgação e fruição científicas.<br />Área do conhecimento: Ciências Humanas <br />ISSN (online): 1984-6894 - Periodicidade: Publicação contínua - Qualis B1</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRRevista de História da UFBA1984-6894Expediente
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Editores da Revista de História da UFBA
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2024-04-302024-04-30111Apresentação
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<p>A Comissão Organizadora</p>A Comissão Organizadora
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2024-04-302024-04-30111Labor dependente: os caixeiros e as múltiplas formas de exploração de mão de obra na Salvador oitocentista (1850-1889)
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<p>Ao longo do século XIX, a maior integração do porto de Salvador com o comércio internacional e o desenvolvimento da burguesia mercantil provocaram mudanças nos mundos do trabalho e uma maior necessidade de mão de obra para os ofícios urbanos. Para a burguesia ascendente, era imprescindível compelir as classes subalternas ao trabalho produtivo não só para livrar as ruas dos mendigos, ditos vadios e do elevado número de órfãos e menores desvalidos, mas sobretudo para ampliar o contingente de mão de obra disponível. Nesse sentido, ao longo do século XIX serão ensejadas múltiplas formas de exploração de mão de obra, — seja ela dita livre ou escravizada — no comércio, nos demais ofícios urbanos, nas incipientes indústrias e mesmo no campo. Especificamente no comércio, embora os caixeiros fossem trabalhadores legalmente livres, eram mantidos sob contratos de trabalho sub-remunerados que limitavam consideravelmente sua liberdade, mobilidade física e mesmo social. Essa pesquisa tem por objetivo examinar as complexas condições e relações de trabalho dependente mantidas entre comerciantes e caixeiros soteropolitanos, e as interações entre as diversas modalidades de exploração laboral dessa mão de obra dita livre e a escravizada tanto dentro como fora dos estabelecimentos mercantis no período de 1850 a 1889. Devido a própria logística cotidiana do comércio, os caixeiros estavam em constante interação com os eventuais escravizados domésticos, bem como os demais trabalhadores urbanos das mais variadas condições jurídicas. Portanto, mediante o exame da relação dos caixeiros com seus patrões e com os demais trabalhadores urbanos, objetiva-se uma compreensão aprofundada desse mundo do trabalho marcado pela exploração e pelos arranjos de trabalho dependente.</p>Adriano Ferreira de Sousa
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60979Trabalho e trabalhadores da costura no cotidiano de Salvador no final do século XIX
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<p>Este trabalho pretende fazer uma análise acerca do trabalho da costura na cidade de Salvador, no final do século XIX. A investigação parte dos anúncios presentes nos jornais, tendo em vista a acentuada quantidade de propagandas envolvendo o trabalho da costura. É visto significativa quantidade de casas comerciais que vendiam gêneros necessários para o ofício da costura, assim como, artigos de vestimenta prontos ou sob encomenda. É notado também anúncios de mão de obra especializada nesse ofício como alfaiates, bordadeiras e costureiras. O objetivo da pesquisa, portanto, é lançar luz sobre a costura enquanto um trabalho existente no cotidiano, destacar os espaços em que esse ofício era atuante e identificar os sujeitos ali presentes e as suas experiências.</p>Ana Victória Silva Borges
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60980Entre a Cruz e a Espada: Trajetória de vida de Jaime Wright
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<p>Nesse artigo buscamos analisar a trajetória de vida do reverendo presbiteriano Jaime Wright, dentro do seu contexto político, social e religioso. Dialogando com a Nova História Política e a História Cultural, procuramos compreender a cultura política e religiosa da trajetória de Jaime. Defensor dos direitos humanos no contexto da ditadura militar (1964-1985), fundador e/ou membro do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul (CLAMOR), do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) e do projeto Brasil Nunca Mais (BNM). Reverendo expoente do ecumenismo protestante, tendo trabalhado quase uma década na Arquidiocese de São Paulo, ao lado do arcebispo D. Paulo Evaristo Arns.</p>Felipe Moreira Barboza Duccini
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60983Reflexões e apontamentos para a pesquisa de ingênuos e menores desvalidos nos mundos do trabalho das últimas décadas do século XIX
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<p>O presente trabalho consiste em uma tentativa de estabelecer alguns parâmetros metodológicos e tensionar reflexões que possam contribuir para as investigações e pesquisas em torno da presença de ingênuos e menores desvalidos nos mundos do trabalho do século XIX.</p>José Pedro Carrano da Silva
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60984Músicos negros no tecido social de Salvador na primeira metade do século XIX
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<p>Diversos viajantes deixaram suas impressões acerca da musicalidade marcada pela presença de músicos negros na América Portuguesa e, posteriormente, no Império do Brasil. Causava-lhes estranheza os negros tocarem violão, flauta ou clarineta, produzindo sons, no mínimo, ensurdecedores pelas ruas das cidades. Outro conjunto documental, entretanto, aponta que, para além desta presença negra produzindo sonoridade nas ruas, estes homens e seus instrumentos ocupavam outros espaços como os templos católicos fazendo a música “de dentro” da Igreja, garantindo deste modo, a execução virtuosa da música sacra em festas, missas e ritos fúnebres. Assim, a nossa proposta de investigação assenta-se na análise das experiências e dinâmicas sociais experenciadas por estes indivíduos negros, crioulos e pardos (cativos, livres e libertos), que puderam, enquanto músicos, viver do próprio talento. Importa, ainda, compreender de que modo foi possível o exercício do ofício da arte da música nos espaços e lugares em Salvador na primeira metade do Oitocentos.</p>Marcele da Silva Moreira
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60985“Tragam-me a cabeça de Antônio Conselheiro”: As teorias raciais em Nina Rodrigues e o fetichismo na Justiça Criminal
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<p>Este artigo tem como objetivo a análise das produções teóricas do etnólogo e médico legista brasileiro Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906). Intelectual maranhense radicado na Bahia, fomentou as bases da criminologia do país no final do século XIX. Suas preocupações estiveram voltadas para a identificação do criminoso nato no Brasil. Partindo de preceitos raciais, construiu teorias que atestassem a validação biológica na gênese do criminoso, da mesma maneira os comportamentos que descrevessem as patologias psychologicas e instintivas das raças consideradas por ele indomáveis. Perceber em que medida suas preocupações estiveram direcionadas às novas tendências penais da recente e inexperiente república pós-abolição, permite desvelar a centralidade e alcance que os códigos raciais difundidos pelo teórico na qual será percebida neste trabalho através da literatura produzida pelo intelectual, que de modo geral balizou a construção de estereótipos a partir de associações entre negritude e marginalidade.</p>Rafael Matheus de Jesus da SilvaDagoberto José Fonseca
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2024-05-022024-05-0211110.9771/rhufba.v11i1.60986Rastros de uma dama do Império na República: a atuação de Adelaide de Castro Alves Guimarães no circuito intelectual e político brasileiro (1896-1937)
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<p>Este trabalho pretende compartilhar alguns resultados do projeto de pesquisa de doutoramento em curso “Rastros de uma dama do Império na República: a atuação de Adelaide de Castro Alves Guimarães no circuito intelectual e político brasileiro (1896-<br>937)”. A pesquisa busca compreender, entre outras questões, a articulação política e mobilização dos dispositivos de representação da memória de si e dos seus por Adelaide de Castro Alves Guimarães no circuito intelectual brasileiro da Primeira República. Além disso, propõe pensar a influência do papel de gênero nessas relações sociais e de como esse conceito nos ajuda a refletir</p>Telma Ferreira de Carvalho
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2024-04-302024-04-3011110.9771/rhufba.v11i1.60987"Clientelismo de parede-e-meia" e poder político Nonô: trajetória política em Varzedo, Bahia (1958-1992)
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<p>A escolha da cronologia para investigar a trajetória política de Manoel José de Souza entre 1958 e 1992 ocorreu em meio ao período de democratização popular, divergências entre partidos políticos, instabilidade política com o golpe militar e certo crescimento econômico do Brasil e da Bahia, ocorrendo neste Estado aquele crescimento através da “modernização conservadora”. Em sincronia a esse momento de mais de três décadas, Manoel José de Souza, apelidado por Nonô, conseguiu ser eleito vereador por Varzedo, então distrito do município de Santo Antônio de Jesus, consecutivamente entre 1958 e 1988, estando filiado a partidos políticos (PSD, UDN, ARENA, PDS, PFL, PMDB e PFL) alçados ao poder estadual. Ao ser criado como município em 1989, após processo emancipatório que durou de 1985 a 1989, Varzedo teve neste último ano sua primeira eleição para prefeito e vereadores, sendo Nonô vitorioso àquele cargo executivo, governando a localidade até 17 de maio de 1992, dia em que foi assassinado. Portanto, demarcar a extensão temporal de 1958 a 1992 tem como fim compreender a ascensão, capilarização e a manutenção do seu poder político a partir de suas ligações com lideranças políticas de Varzedo/Santo Antônio de Jesus e da Bahia, assim como a capilarização e manutenção daquele seu poder sobre a população local a partir de ações pragmático-políticas denominadas de "clientelismo de parede-e-meia", prática de poder exercida através de conselhos, idas às casas de conhecidos, assistencialismo e mandonismo, tudo isso com base em documentos escritos, orais e imagéticos.</p>Jorge Amorim
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