SOB A LUZ DA EXPLORAÇÃO
experiência da greve operária capixaba e suas organizações sindicais
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v10i2.52425Resumo
Acima de tudo precipuamente, objetiva-se compreender a formação do corpo operário no Espírito Santo pelos caminhos da Estrada de Ferro Sul, especialmente no ano de 1908, com a eclosão de uma greve trabalhista, e as entrelinhas de sua integração no território nacional, bem como a tipologia das estações. Como se sabe, ao longo da passagem dos séculos, sindicatos e suas reivindicações ganharam força no que diz respeito ao resguardo, sendo assim, vê-se a organização destes na finalidade de levar essa análise para os espaços capixabas. Ao lado que, pela localização fronteiriça com Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, o território espírito-santense sofreu com as influências dos grandes polos industriais, não dispensando as especificidades do período republicano. Sendo assim, discute-se a importância desses desdobramentos no segmento social, como aporte na comunicação e no âmbito econômico dentro de uma sociedade cafeeira, e pela contratação de proletários para a efetivação do projeto, de maneira que o espectro que lhes assombravam era justamente a demanda, pois havia uma determinada quantidade de imigrantes adentrado o espaço nacional, e como o fluxo volta-se ao sudeste pela oferta, logo, a região capixaba engloba estes. Portanto, embora as condições de trabalho fossem insalubres e exploratórias, sempre teria outro a ocupar o espaço produtivo. Vale salientar que, retornando aos efeitos da revolta, busca-se também compreender as motivações para a obra ferroviária, haja vista que nada dessa natureza grevista aflorou no Estado em momentos anteriores, e consequentemente, o impacto nos lugares por onde passou, além da contribuição de reafirmarem-se os direitos dos trabalhadores.