A Diretoria da Agricultura, a “crise desoladora” da Seca na Bahia e a disputa pelo direito de uso das vertentes de água na Serra da Pedra Branca (1888-1890)

Autores

  • Pedro Parga Rodrigues Bolsista de Pós-Doutorado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Pesquisador do INCT Proprietas e do Núcleo de Pesquisa Propriedade e suas Múltiplas dimensões (NUPEP).

Resumo

Trata-se de considerar um conflito entre duas cidades baianas, Tapera e Curralinhos, pelos recursos hídricos da Serra da Pedra Branca. O processo administrativo no qual esse embate transparece foi tratado por diversas repartições, dentre elas pela Segunda Seção da Diretoria da Agricultura do Ministério de Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Nos interessa aqui, sobretudo, como os funcionários desta repartição lidaram com os discursos provenientes destas localidades na resolução do processo. Nosso foco recaí sobre como os agentes públicos desta seção deram peso diferente para os relatos e relatórios advindos dos lados envolvidos nesta disputa.

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Biografia do Autor

Pedro Parga Rodrigues, Bolsista de Pós-Doutorado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Pesquisador do INCT Proprietas e do Núcleo de Pesquisa Propriedade e suas Múltiplas dimensões (NUPEP).

Atualmente é Bolsista de Pós-Doutorado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, bem como Pesquisador do INCT Proprietas e do Núcleo de Pesquisa Propriedade e suas Múltiplas dimensões (NUPEP). É Doutor e graduado em história pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em história pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Estuda sobre a história da propriedade com foco no século XIX. Atualmente, tem se preocupado com a relação entre o escritor Machado de Assis e a questão agrária oitocentista.

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Publicado

2021-12-16

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Artigos