Práticas musicais na “Belle Époque” fortalezense (1888-1920)

Autores

  • Ana Luíza Rios Martins

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar as práticas musicais que se
desenvolviam em Fortaleza no fim do século XIX e início do século XX.
Nesse período, o estilo de vida parisiense foi “copiado” em diversos
estados brasileiros, assim como suas reformas urbanísticas e seus bens culturais, tais como o vestuário, os livros do filósofo positivista August
Comte (1798-1857) e as artes, consideradas as expressões por excelência do grau de progresso de uma civilização. A dinâmica estabelecida entre as antigas manifestações populares que migraram do sertão para a capital de Fortaleza junto com os retirantes da seca e os novos gêneros musicais trazidos da Europa e adaptados ao estilo de vida da elite local geraram disputas entre os diferentes grupos que “lutavam” pela hegemonia de suas práticas musicais em relação às outras. Na discussão do problema, dialogamos com o conceito de circularidade cultural dos escritores Mikhail Bakhtin e Carlo Ginzburg. A maioria das fontes que estão sendo utilizadas na pesquisa é de cunho memorialista. Tentamos perceber as inúmeras perspectivas desses escritores em relação às práticas musicais comparadas com os escritos dos periódicos.

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