Nexos Econômicos
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<p>O Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Bahia, mantendo sua tradição de pluralismo em Economia, publica, semestralmente, a Revista Nexos Econômicos Herdando a divisão em Áreas de Concentração desse programa, a Revista aceita contribuições nas áreas de Desenvolvimento Econômico e de Economia Aplicada, na intenção de consolidar mais um canal de divulgação das contribuições, reflexões e debates de Economia e temas correlatos.<br />Área do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas<br />ISSN (online): 2763-9207 - Periodicidade: Semestral</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRNexos Econômicos1516-9022Assetização dos fluxos de natureza: uma interpretação da conversão das correntezas, ventos e raios solares em ativos financeiros
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55496
<p>Este trabalho caracteriza a assetização não de um ou outro rio, de uma ou outra porção de terra, mas a assetização do fluxo natural, da correnteza dos rios, do sopro dos ventos e da incidência solar. Para isso apresentam-se as interpretações sobre o fenômeno da assetização presentes na literatura para, a partir das categorias marxianas, reenquadrá-lo enquanto desdobramento ontológico do valor. Conclui-se que a existência do valor na forma de asset exige a homogeneização de diferentes coisas e objetos com diferentes qualidades, em algo abstrato, indiferenciável. Através da assetização, o capital expande seus domínios, projetando seu controle para o futuro de maneira desmedida. O processo de trabalho e o metabolismo entre a humanidade e natureza encontram-se sob a lógica do capital não apenas no presente, mas também no futuro.</p>Lucas Trentin RechHelena Marroig Barreto
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2023-11-242023-11-24162386310.9771/rene.v16i2.55496Mercantilização da vida e land grabbing: uma aproximação a partir do valor em Marx
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55849
<p>O objetivo deste trabalho fora pavimentar uma via de interpretação teórica para o que se tem chamado <em>land grabbing</em>. Dado que se trata de um fenômeno que emerge a partir do desenvolvimento capitalista, buscou-se na teoria do valor marxiana um instrumental para tanto. Ao iluminar a essência subjacente a essa forma de reordenamento espaçotemporal do capital, conclui-se que o fenômeno do land grabbing pode ser entendido como uma forma pela qual o capital portador de juros coloca sob sua égide o espaço agrário que reordena em função da atual configuração do capitalismo, marcada por um regime de acumulação patrimonial que emana da forma mercadoria, mas especialmente da autonomização do valor. Dessa forma, velhas contradições são repostas num grau mais avançado de complexidade sistêmica.</p>Daniel JeziornyFernando DillenburgDaniela KuhnWilliam Maia
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2023-11-242023-11-24162649310.9771/rene.v16i2.55849O debate contemporâneo sobre troca desigual: crítica de uma proposta para atualizar a teoria marxista da dependência negando as transferências de valor
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55837
<p>Este trabalho analisa algumas das principais críticas à noção de transferência de valor presente na Teoria Marxista de Dependência. Para isso, apresenta um conjunto de teorias contemporâneas que busca rejeitar a clássica tese dependentista da troca desigual a partir da transferência de valor. Os principais argumentos contrários à possibilidade de transferência de valor são submetidos a críticas fundamentadas na teoria do valor marxiana, concluindo-se que esse conjunto de teorias contemporâneas não é capaz de desafiar a tese da transferência de valor.</p>Leonardo LeitePatrick de PaulaHugo Corrêa
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2023-11-242023-11-241629412410.9771/rene.v16i2.55837Sobre uma polêmica acerca da dependência, do valor e da troca desigual
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55747
<p>Esta é uma tentativa de refletir sobre os comentários críticos de Leite, De Paula e Corrêa (2023) sobre o recente esforço de reconstrução do debate em torno da troca desigual no campo da teoria marxista da dependência, que aparentemente deixou incompleta e imprecisa a nossa leitura do problema básico do que é troca desigual. Entendemos que isso contribuiu para algumas interpretações errôneas da nossa abordagem, para além de ter exposto diferenças interpretativas reais. Por outro lado, talvez parte das dificuldades decorra do fato de Leite e outros construírem um debate paralelo conosco e com Neto (2011). Isto pode levar a um debate confuso entre duas interpretações que, embora tenham pontos em comum, não são necessariamente convergentes em todos os aspectos relevantes. A nossa abordagem ao problema da troca desigual parte de uma leitura precisa da constituição social do valor; claro que é possível que a nossa tentativa não tenha atingido a clareza necessária.</p>Mariano Féliz
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2023-11-242023-11-2416212513310.9771/rene.v16i2.55747Dívida pública e sua funcionalidade na economia capitalista mundial
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<p>O artigo trata das funcionalidades integradas da dívida pública nas economias centrais e periféricas: a função de absorção de capital de empréstimo para as economias centrais, atuando como fator de controle sistêmico na economia mundo capitalista; e a função de transferência de riqueza entre as economias periféricas e centrais, elemento interativo fundamental para manutenção da ordem sistêmica da economia mundo capitalista. A inferência empírica da participação da dívida pública no sistema de crédito é bastante conhecida, durante a década de 1990, por exemplo, os fundos de previdência e os fundos de investimento inverteram pelo menos um terço de suas carteiras em títulos da dívida pública. Nas décadas de 2000, 2010 e 2020, por mais que essa percentagem tenha declinado, os títulos da dívida pública das economias desenvolvidas mantiveram-se como a forma mais segura de aplicação de capital de empréstimo à disposição de capitalistas e rentistas diversos, por outro se aprofunda o processo de austeridade nas economias periféricas, estabelecendo crescente rigidez fiscal e crescente pagamento de juros de serviços da dívida pública, regulando crescente transferência de riqueza das economias periféricas para o sistema de crédito global, controlado pelas economias centrais.</p>José Raimundo Trindade
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2023-11-242023-11-2416213416610.9771/rene.v16i2.55931Expropriação financeira: limites teóricos e possibilidades do conceito de Costas Lapavitsas
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55841
<p>O crescente relacionamento entre o sistema financeiro e indivíduos e famílias, fenômeno que ficou particularmente exposto após a Crise de 2007, motivou diversos debates sobre a financeirização do capitalismo. Dentro do campo marxista, Costas Lapavitsas propôs o conceito de expropriação financeira para explicar a apropriação sistemática de lucros a partir dos rendimentos da classe trabalhadora. Este artigo tem como objetivo sintetizar e desenvolver as principais críticas realizadas à tese de Lapavitsas, a partir de autores marxistas e do próprio referencial teórico marxiano, visando avançar no debate sobre o movimento de reprodução do capital na economia contemporânea.</p>Bruna Ferraz Raposo
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2023-11-242023-11-2416216719010.9771/rene.v16i2.55841A inexorável unidade do valor: valores econômicos e não-econômicos na vida social
https://periodicos.ufba.br/index.php/revnexeco/article/view/55673
<p>O presente texto objetiva abordar as formas econômica e não-econômica do valor na sua relação com o dever. Trata-se de uma abordagem ontológica que toma como base as obras de maturidade do filósofo húngaro György Lukács. Metodologicamente, emprega-se nele a técnica da leitura imanente. Com isso, chega-se à demonstração de que, em Lukács, o dever e o valor operam dialeticamente, de modo que a existência de um pressupõe inveitavelmente a existência do outro. Ambos formam parte dos atos teleológicos que estão na base da ação humana nas diversas formas da práxis social. Mostra-se ainda que, para Lukács, o dever e o valor econômico trazem à existência, necessariamente, em cada etapa histórica, deveres e valores superiores – econômicos e não-econômicos – como resultado do metabolismo social que os seres humanos realizam com a natureza que leva ao crescimento progressivo das forças produtivas e ao complexo desenvolvimento da totalidade da sociedade.</p>Mariana Andrade
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2023-11-242023-11-2416283710.9771/rene.v16i2.55673Apresentação do segundo número do Dossiê
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Lucas Trentin RechVinícius Ferreira Lins
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2023-11-242023-11-2416217