Revista Periódicus
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<p>Periódicus é uma revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gênero e Sexualidades (NuCuS) do IHAC - Professor Milton Santos, ao Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade e ao Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Divulga, traduzr e fomenta os Estudos de Gênero e Sexualidade, a partir de perspectivas feministas, queer, transfeministas, anti-racistas e anti-coloniais do Brasil e demais países da América Latina. <br />Área do conhecimento: Ciências Humanas/Interdisciplinar<br />ISSN (online): 2358-0844 - Periodicidade: Semestral</p>Universidade Federal da Bahiapt-BRRevista Periódicus2358-0844<p dir="ltr"><span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span></p><p>Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob Licença Creative Commons Attribution Noncommercial que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sendo vedado o uso com fins comerciais.</p><p dir="ltr"><span>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</span></p><p dir="ltr">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p>Interseções possíveis entre o imaginário homoerótico
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Tanto o escritor Federico García Lorca como o cantor Cazuza marcaram gerações, e a poética do primeiro fez parte das leituras do segundo. Com base nessas prerrogativas, o presente artigo procura estabelecer conexões entre os </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>Sonetos del amor oscuro</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> (1984), de García Lorca, e algumas canções do poeta do</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em> rock’n roll </em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">brasileiro. Por meio dessa comparação detalhada das obras, tendo a vida dos autores também como baliza, é possível perceber como suas produções servem de base para estruturar novas conjecturas sobre literatura </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>gay </em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">em suas variadas formas.</span></span></p>Anselmo Peres AlósTiago Miguel Chiapinotto
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2024-06-062024-06-06220011210.9771/peri.v2i20.55708Teoria de queer doméstica
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">Na sua sistematização acadêmica, as teorias </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"><em>queer</em></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"> isolam-se da sua condição doméstica, uma possibilidade íntima de desabitar o mundo ordenado da modernidade heterocêntrica em que habitualmente nos narramos. Neste texto, o gesto de narrar o invisível todos os dias com as suas teorias mais baixas permite-me reconhecer o meu relato sobre a instauração da rede social como um laboratório de investigação-vidas, que deseja enunciar-se para além do seu protagonista-sujetx num ambiente de geração de narrativas que autorizam a sobrevivência do localizacaciones cuir. A forma como o mundo doméstico coincide consigo mesmo está inscrita na casa do corpo que habito, disposta como um ambiente que torna o bairro católico que nos ameaça habitável.</span></span></span></p>Francisco Ramallo
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2024-06-062024-06-06220132710.9771/peri.v2i20.52905Transmasculinidades em foco
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><a name="_Hlk168220390"></a> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Este artigo procura analisar as produções acadêmicas sobre homens trans brasileiros que trabalharam com pornografia </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>online</em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">. Realizou-se uma pesquisa utilizando-se a plataforma do Google Acadêmico, com um recorte temporal de dez anos (2013-2023), encontrando-se três artigos brasileiros sobre essa abordagem específica, e destes, apenas um discutia sobre homens trans que trabalhavam na atividade. A quase ausência de produções acadêmicas sobre esse assunto leva a quatro linhas de discussões: </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">o fenômeno da diferença da passabilidade de homens e mulheres trans/travestis; o uso, por parte de homens trans, de uma espécie de invisibilidade funcional; a dificuldade de articulação política unificada dos homens trans; e o fato de a maioria dos estudos sobre pornografia serem propostos por estudos feministas. Por essas razões e por se tratar de uma questão complexa, cujas discussões não conseguem se esgotar facilmente, faz-se necessário o fomento à produção de estudos cuidadosos sobre homens trans e pornografia.</span></span></p>Arthur Fernandes SampaioCéu Silva CavalcantiMaria Cristina Rocha Barreto
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2024-06-062024-06-06220284810.9771/peri.v2i19.47242Transformações nas ações afirmativas
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<p style="line-height: 100%; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: small;">Este estudo enseja refletir a presença/ausência de pessoas trans nas universidades públicas brasileiras a partir de vivências da equipe da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade de uma universidade federal e de uma transativista. Nossa empreitada experimental é motivada a partir de um lugar comum e de uma tessitura intersubjetiva, na qual buscamos articular reflexões a dados documentais e alguns estudos que consideramos relevantes no campo dos direitos humanos, das ações afirmativas, bem como da comunidade de LGBTQIAPN+ no Brasil, país líder mundial em assassinatos de pessoas trans. Esboçamos um levantamento das universidades que sinalizam ofertar cotas para pessoas trans e consideramos que apesar de alguns avanços alcançados, </span><span style="font-size: small;"><span style="background: #ffffff;">é evidente o rescaldo de uma cruzada antigênero e de um </span></span><span style="font-size: small;"><em><span style="background: #ffffff;">backlash </span></em></span><span style="font-size: small;"><span style="background: #ffffff;">contra os direitos dessas pessoas, o que nos leva a reivindicar a urgência de ações afirmativas para um público historicamente negligenciado do projeto de desenvolvimento do país.</span></span></span></span></p>Thiago LoureiroNatália Rejane SalimÂngela Lopes de AlmeidaFlávio Adriano Borges MeloNatália Sevilha Stofel
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2024-06-062024-06-06220497710.9771/peri.v2i20.53142Experiências juvenis periferizadas sobre gênero e raça
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Este artigo visa d</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">iscutir, a partir das contribuições de Lélia Gonzalez ao campo da psicologia social, as intersecções entre gênero e raça na experiência de jovens negros e negras em contextos periféricos de Fortaleza. Parte-se de uma abordagem qualitativa, explorando estratégias micropolíticas para compreender os impactos da colonialidade de gênero e raça em jovens negros em áreas periferizadas de Fortaleza. As narrativas destacam as assimetrias de gênero e as condições desiguais enfrentadas pelos jovens negros contextos racializados. O artigo ressalta a importância de debater as desigualdades raciais e de gênero, desnaturalizando instrumentos de dominação presentes na estrutura social brasileira. A pesquisa propõe a produção de narrativas desafiadoras aos modos coloniais de dominação, enfatizando a necessidade de epistemologias críticas à colonialidade na psicologia para fortalecer as lutas antirracistas e antissexistas.</span></span></p>Aldemar Ferreira da CostaJoão Paulo Pereira BarrosLaisa Forte CavalcanteLivia Lima Gurgel
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2024-06-062024-06-062207810010.9771/peri.v2i20.57606A leitura da literatura como ponto de partida para a construção de um estudo autoetnográfico sobre a interseccionalidade
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A autoetnografia é uma metodologia importante que permite a expressão de corpos dissidentes. A leitura de um livro literário e a construção de diários de leitura, como ponto de partida para a reflexão autoetnográfica, ainda é pouco explorada. Aqui, parto da pergunta: o que é ser um cientista </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>gay</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">? Partindo dessa questão e da experiência de uma professora a proposta deste estudo foi realizar uma análise autoetnográfica lendo e interpretando </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>A vida de Galileu</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> do escritor Bertolt Brecht. Para tanto, foi construído um diário de leitura literária e uma análise reflexiva com teorias e essas experiências tendo em mente como a vulnerabilidade dos corpos dissidentes, pode estar em aliança para os usos e trabalho responsável com as ciências. Concluindo, a construção de um diário autoetnográfico de um ano de leitura de um livro de literatura permitiu realizar registro, desenlace e crítica cultural de um momento importante, que toca em pontos de interseccionalidade, sobre o contexto da pandemia de covid-19.</span></span></p>Daniel Manzoni-de-Almeida
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2024-06-062024-06-0622010112710.9771/peri.v2i20.56975Pedagogias do filme Alice Júnior
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O filme </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>Alice Júnior</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> (2019) demonstra conter pedagogias culturais que podem nos inspirar a educar para as sexualidades com as juventudes. Para esse recorte, analisamos determinadas cenas e discutimos como podemos utilizar esse artefato cultural para as práticas educativas. Com a análise e discussão, percebemos que somos interpeladas a problematizar como os nossos corpos, gêneros e sexualidades podem subverter as normas cis-heterossexuais e, assim, enquanto potência de vida, permitir imaginar e construir outros modos de ser e estar. Isso porque é possível pensar em formas de nos relacionarmos sem violências. O filme nos parece oportuno para tensionar as determinadas desigualdades que têm posicionado algumas sujeitas em situações de sofrimentos, bem como nos convida a promover uma educação para as sexualidades, junto das juventudes, que possibilite considerar os marcadores sociais da diferença.</span></span></p>Katiele HundertmarckRaphael Albuquerque de Boer
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2024-06-062024-06-0622012815510.9771/peri.v2i20.56599Mundos em colisão e emergência de estigmas na pista festiva
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<p style="line-height: 100%; text-indent: 0cm; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Tomando o corpo como uma textualidade que se dá a ver no encontro com os outros a partir das performances e suas inscrições de raça, gênero, sexualidade, gestos, movimentos e figurinos, uma festa torna-se um fenômeno espaço-temporal potente para se observar as relações harmoniosas e desarmoniosas de partilha, pelas quais mundos de sentidos deveras singulares se tocam, acirram e festejam. Nesse sentido, a partir de uma experiência de um dos autores em uma festa tecno-junina, buscamos refletir neste texto sobre os diferentes corpos que se encontram no evento a partir da noção de estigma discutida por Goffman (2008).</span></p>Daniel MacêdoRafael Andrade
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2024-06-062024-06-0622015616910.9771/peri.v2i20.55995Análise de dados sobre as desigualdades na educação de meninas negras em tempos de pandemia à luz da Agenda 2030
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<p class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O presente artigo tem como objetivo evidenciar as desigualdades educacionais sob as categorias de análise raça, gênero e classe social após a pandemia da covid-19 e como tais questões se tornam um desafio para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) da Agenda 2030. Na revisão de literatura utilizou-se a obra “Desenvolvimento como Liberdade”, de Amartya Sen (2000, 2010), assim como adotou-se também alguns conceitos a respeito do Desenvolvimento Humano e do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH). Na sequência, debate-se a questão da interseccionalidade. Não obstante, apresenta-se os impactos da covid-19 na política de educação e discute-se a gestão das políticas públicas. Por fim, apresenta-se dados que evidenciam como as meninas negras têm sido as mais afetadas no contexto da pandemia da covid-19 no acesso e permanência à educação. Como provocação, finaliza-se a discussão trazendo para o debate a questão de gênero e o modo como as meninas negras foram afetadas no cenário educacional, o que propõe uma mudança/ampliação/criação de políticas públicas que visem reduzir não só a desigualdade racial, mas também a desigualdade de gênero no sistema de ensino. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica contendo uma abordagem quanti-qualitativa. Os dados foram divulgados a partir da pesquisa de Carneiro (2021), realizada na cidade de São Paulo, e a análise dos resultados teve como base os ODS e Metas da Agenda 2030. </span></span></span></p> <p class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span></p>Liliane Flores de Freitas GonçalvesGilson Batista de Oliveira
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2024-06-062024-06-0622017019610.9771/peri.v2i20.51885“Estranhavam o fato de eu não andar de namorado, namorado homem”
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Este texto apresenta a narrativa docente de uma professora do interior paraibano que se declara lésbica. A pesquisa tem por objetivo compreender os caminhos percorridos pela professora Raquel, nossa entrevistada, assim como analisar de que forma suas singularidades contribuíram/afetaram no processo de sua constituição docente, partindo do pressuposto que ser uma professora lésbica traz à tona demandas que a diferem de uma docente heterossexual. Como percurso metodológico, seguimos os caminhos propostos pela História Oral, na perspectiva da recuperação e valorização da memória docente feminina. O estudo sinaliza como a instituição escolar vem histórica e culturalmente se constituindo como um espaço onde a heteronormatividade tem lugar privilegiado, relegando a homossexualidade às margens. Desse modo, o espaço escolar vem se tornando um dos lugares mais difíceis para alguém não heterossexual. Apesar desse cenário, foi possível perceber ainda as rupturas construídas no transitar de nossa participante, bem como a importância do fato de tê-la atuando no espaço público – e educativo. Do mesmo modo, sinaliza-se a urgência de uma formação docente que prepare os(as) professores(as) para lidarem com a diversidade, respeitando toda a sua riqueza e pluralidade.</span></span></p>Joanderson de Oliveira GomesFabricio de Lima Bezerra Silva
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2024-06-062024-06-0622019721410.9771/peri.v2i20.54925"Homens que curtem”
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<p lang="pt-PT" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Helvetica Neue, serif;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O texto discute os desafios metodológicos de envolver homens que fazem sexo com homens e com mulheres (HSHMs) nas pesquisas, apontados nos estudos sobre comportamento sexual e epidemia do HIV/aids como fugidios a pesquisadories. Embasado em pesquisa na Região Metropolitana do Recife, argumentamos que a dificuldade está relacionada à operacionalização dos próprios conceitos que orientam o olhar para os territórios onde homens com práticas homossexuais transitam – sociabilidade, região moral, gueto e comunidade – e a facilidade que alguns dos territórios oferece para es pesquisadories realizarem sua tarefa. Do mesmo modo, a nomeação homossexual, presente em termos de consentimento esclarecido, roteiros de entrevista e questionários, pode afastar os HSHMs das pesquisas, que, como mostra nossa etnografia, são descritos como </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>simpatizantes</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, e se percebem como </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>entendidos</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, o que os capacita a se engajarem na </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>curtição</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">.</span></span></span></span></p>Luís Felipe RiosMateus Souza Araújo
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2024-06-062024-06-0622021524410.9771/peri.v2i20.55572“A_socialidade” como figura modelo da ambiguidade
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Neste artigo, reconstruirei as diferentes etapas epistemológicas da não desambiguação, passando pela política </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>queer</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> do paradoxo, até o que hoje chamo de “</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>queerness</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> como ambiguidade vivida”. Explicarei como a noção de ambiguidade cumpre uma dupla função na teoria </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>queer</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, mais especificamente, enfatizando a habitabilidade da ambiguidade – identidades multidimensionais não são estáveis nem coerentes – e explicando seu potencial político – superando fronteiras claras e antagonismos simplificados. Enfocarei a </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>a_socialidade</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> como figura da ambiguidade, argumentando que o conceito de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>queerness</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, como ambiguidade vivida, acompanha uma compreensão de relacionalidade e parentesco definida por um </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>continuum</em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> ou simultaneidade de socialidade, antissocialidade e associalidade, denominada “a_socialidade”. Minha tese é que, ao admitir a ambiguidade da a_ socialidade, torna-se possível avançar em direção a formas de coabitação em condições de heterogeneidade social e global.</span></span></p>Antke Antek Engel
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2024-06-062024-06-0622024826210.9771/peri.v2i20.56678“Vamos fazer a virilha completa e perianal?”
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<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Neste artigo, capítulo traduzido de um livro da filósofa e ativista ecofeminista francesa Myriam Bahaffou, a autora explora um relato minucioso e sensível de uma sessão de depilação para pautar as interrogações e as ambivalências associadas às injunções de beleza impostas pelo patriarcado. Um diálogo entre as perspectivas feministas, antirracistas e decoloniais traz à tona a potência dos espaços e práticas da cosmética, nos quais se vislumbra o entrelaçamento da feminilidade e do feminismo, quando a cabine de depilação se mostra como “laboratório experimental de diálogo pós-colonial” de corpos racializados e histórias de mulheres. </span></span></p>Myriam Bahaffou
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2024-06-062024-06-0622026327110.9771/peri.v2i20.57582Submissas e Orquídeas
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<p>Resenha de</p> <p style="font-weight: 400;">PÉREZ NAVARRO, Pablo. <em>Orden y peligro-por uma deslocalizácion queer.</em> Barcelona: Bellaterra. 2023.</p>João Manuel de Oliveira
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2024-06-062024-06-0622024524710.9771/peri.v2i20.58555Expediente
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