https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/issue/feedRevista Periódicus2024-03-13T00:00:00+00:00Equipe Editorial Periódicusrevistaperiodicus@ufba.brOpen Journal Systems<p>Periódicus é uma revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gênero e Sexualidades (NuCuS) do IHAC - Professor Milton Santos, ao Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade e ao Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Divulga, traduzr e fomenta os Estudos de Gênero e Sexualidade, a partir de perspectivas feministas, queer, transfeministas, anti-racistas e anti-coloniais do Brasil e demais países da América Latina. <br />Área do conhecimento: Ciências Humanas/Interdisciplinar<br />ISSN (online): 2358-0844 - Periodicidade: Semestral</p>https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/38359A comunidade LGBTQI+ como objeto de consumo2021-07-12T17:00:50+00:00Isaac Marlon Vasconcelos do Nascimentoisaac.8115@hotmail.comVinícius Érbethe Freitas de Oliveiravinicius_erbethe@hotmail.comFrancisco Franciente Leite Juniorfrancinetejunior@leaosampaio.edu.br<p>O presente artigo busca trazer à tona um entendimento a partir de um estudo bibliográfico no que diz respeito à prática do “Pink Marketing” ou “Pink Money” (dinheiro rosa), que é definida segundo Moreschi, Martins e Craveiro (2011) como “dinheiro advindo do mercado gay”, referindo-se ao consumo e à tática comercial como estratégia de marketing para com membros da comunidade LGBTQI+. Este estudo objetiva também relacionar essa prática com os impactos psicossociais para esta população em geral. Para isto, o artigo conta com a colaboração teórica de pesquisadores que tomam o gênero como objeto de estudos, localizados em bases digitais na forma de artigos científicos em português, escritos geralmente por autores representantes de diversas causas sociais, sendo geralmente estudos bibliográficos acerca do tema. Realizamos, metodologicamente, a relação entre a hipótese levantada sobre quais impactos sociais a prática do Pink Money produz com os artigos selecionados. Os resultados aparecerem como conclusão, que vão desde a percepção do consumidor LGBTQI+, sendo alguns alienados, outros ativos e protestantes contra a prática, até as entidades usuárias da estratégia, como aproveitadores da população minoritária para fins lucrativos.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Isaac Marlon Vasconcelos do Nascimento, Vinícius Érbethe Freitas de Oliveira, Francisco Franciente Leite Juniorhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/59508Expediente2024-03-01T10:19:16+00:00<p>Equipe editorial do dossiê 20 e da Revista Periódicus.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Periódicushttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54693Linguagem não binária em Pet, de Akwaeke Emezi2023-07-25T23:45:56+00:00Isabelle Ruiz Paggioro Sessino Toledo Barbosaisabelle.paggioro@unesp.br<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">O livro de Akwaeke Emezi, </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"><em>Pet</em></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">, é sua segunda obra a chegar ao Brasil. Uma ficção infantojuvenil sobre uma utopia em que pessoas violentas e abusadoras eram tidas como monstros e, por isso, foram isoladas da sociedade graças aos anjos</span></span></span><span style="color: #ff0000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">.</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"> Um mundo onde Chimia, uma adolescente trans que se comunica principalmente por língua de sinais, pode ter vida pacata – o que muda quando, do quadro de sua mãe sai um anjo, como se apresenta </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"><em>Pet</em></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">. É elu quem a fará se questionar se a nova Lucille de fato está livre de monstros e, mais tarde, quem leva a cidade a questionar a abordagem escolhida até então para com monstros. </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"><em>Pet </em></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">brinca com o imaginário infantojuvenil e apresenta linguagem não binária – diferente do livro anterior, </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"><em>Água Doce</em></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">. Essa resenha se propõe a pensar o que significa a escolha por uma outra linguagem na obra e para quem o lê na esperança de, um dia, poder viver essa realidade também.</span></span></span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Isabelle Ruiz Paggioro Sessino Toledo Barbosahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/59507Não binariedade2024-03-01T10:10:03+00:00Dri Azevedoadrianapfa3@gmail.com<p>Apresentação da edição.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Dri Azevedohttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54824Além dos binarismos2023-07-21T17:06:45+00:00Mariana Ferreira Pombomarifpombo@gmail.com<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Este artigo pretende, inicialmente, analisar criticamente o paradigma da diferença sexual, já em crise, como defende Paul B. Preciado, denunciando seus efeitos violentos sobre os sujeitos que não se adequam em suas categorias binárias. Em seguida, almeja se debruçar sobre a não binariedade, positivando sua potência subversiva tanto do ponto de vista individual, no sentido da possibilidade</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> de novos devires e trilhamentos subjetivos, como do ponto de vista político, no sentido da transformação do regime de inteligibilidade social dos corpos.</span></span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Mariana Pombohttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54804Analisando argumentos antilinguagem não binária2023-09-06T19:00:49+00:00Inaê Iabel Barbosainaeib@outlook.com<p>Ao menos desde 2020, projetos de lei que têm por objetivo a proibição do uso da linguagem não binária em instituições educacionais vêm sendo apresentados por parlamentares antigênero Brasil afora. Tomando como objeto de análise as justificativas de projetos de lei para a proibição da linguagem não binária em Santa Catarina e posts de parlamentares sobre a temática, observa-se a articulação de uma gramática política antilinguagem não binária em torno de três grandes temas: “uma tentativa forçada”, “modificação da Língua Portuguesa” e “a falaciosa bandeira de democratização da linguagem”. Percebe-se, ainda, que, atrelada a esses temas, há a produção discursiva de três figuras que estariam em ameaça: a criança, a língua portuguesa e a pessoa com deficiência. Conclui-se, então, que a gramática política antilinguagem não binária tem por objetivo a instauração de um pânico moral sobre os usos dessa forma de linguagem e está fortemente ancorada na cisnormatividade, na colonialidade e no capacistimo.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Inaê Iabel Barbosahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54801“Pane no cistema”2023-09-11T14:15:25+00:00HBlynda Moraishblyndamorais@gmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo analisar cinco perfis da rede social Instagram com produção de conteúdos acerca da comunidade não binária. Os perfis utilizados foram: Coletivo Trans Não-Binárie (@coletivotransnaobinarie), Rexistência Não-Binária (@rexistencianaobinaria), Ser Não-Binário (@sernaobinario), Nick Nagari (@nicknagari) e Mar Facciolla (@mardemar.nb); todos eles analisados entre 2021-2022. Essa investigação permite entender como a articulação deste movimento tem criado suas rotas de fuga, subvertendo as armadilhas do CIStema, com o qual rompem, colaborando com o protagonismo trans nas redes. Aqui, debato até que ponto conseguimos cruzar a História com a não binariedade, compreendendo as disputas que há nas narrativas e nos discursos para que construamos histórias não binárias ou uma História da não binariedade no Brasil. Utilizo como aporte teórico: Cristiane Dias (2018), Maria Lugones (2014), Guacira Lopes Louro (2004), Megg Rayara Gomes de Oliveira (2020), Jota Mombaça (2021), Letícia Nascimento (2021), Fernando Seffner (2021), atrelada à Autobixografia (Thallys Mann, 2020) como ferramenta metodológica e minha escrevivência enquanto pessoa não binária para construção das narrativas. Assim, pretendo contribuir ao campo historiográfico dos estudos trans no nosso país.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 HBlynda Moraishttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54808“Mona, eu não tenho que te dar aula”2023-09-06T18:46:14+00:00Ana Carolina Padilha da Silvaanapadilha@id.uff.br<p><span style="font-weight: 400;">Apesar das recentes mudanças e avanços sociais e políticos que as pessoas não binárias vêm conquistando nos últimos anos, adotar essa identidade de gênero no Brasil ainda representa enfrentar grandes desafios, tão presentes nas populações trans: a falta de reconhecimento social (inclusive dentro da comunidade LGBTQIAP+), a invisibilização das demandas específicas em cuidado de saúde (física, mental e social), as diferentes formas de transfobia e o isolamento social e afetivo. Na primeira parte deste artigo, a partir do relato de minha experiência no mestrado em Psicologia Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, discutiremos acerca da importância de uma formação qualificada e atualizada nas questões de gênero e sexualidade nas graduações e pós-graduações de psicologia. Na segunda parte, a partir da narrativa da história de Mab (pessoa não binária que participou da fase de campo da pesquisa), observaremos os dilemas da fluidez e das interpelações sociais na construção da identidade não binária.</span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Ana Carolina Padilha da silvahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54854Ética sapatão2023-08-22T15:33:59+00:00Julianna Paz Japiassu Motterjuliannamotter@gmail.com<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Este artigo apresenta uma articulação teórica com o objetivo de construir uma noção do que pode vir a ser uma Ética Sapatão apta a desafiar as normas historicamente estabelecidas em torno de quem pode vir a ser a lésbica e/ou a sapatona, buscando reconhecer a pluralidade de experiências, vivências e (des)identificações dentro das lesbianidades e sapatonices. A partir de uma perspectiva crítica, o estudo destaca a importância de romper com a cisgeneridade como base para a definição dessas (des)identidades. Através do estabelecimento dessa Ética Sapatão, o artigo pretende tensionar o lugar das lesbianidades e sapatonices na construção de outros mundos (im)possíveis. Através de discussões teóricas que abranjam as éticas, em suas dimensões epistemológicas e ontológicas, o artigo tem como intenção, também, trazer à superfície as armadilhas identitárias e, simultaneamente, (re)localizar o lugar des sujeites nos desafios das atualidades.</span></span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Julianna Paz Japiassu Motterhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54680Gênero, não binariedade e colonialidade2023-07-10T16:07:00+00:00Fabiane Kravutschke Bogdanoviczpsiecosol@gmail.comKátia Alexsandra dos Santoskalexsandra@unicentro.br<p lang="pt-PT" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="background: #ffffff;">Este trabalho parte de uma pesquisa de mestrado que objetiva analisar gênero, masculinidades e dispositivos legais brasileiros destinados a homens autores de violência doméstica, em uma leitura decolonial. Aqui são expostos entendimentos sobre gênero construídos a partir da revisão bibliográfica, com ênfase na não binariedade, embasando-se nas perspectivas decoloniais, com o conceito da colonialidade de gênero. Compreendem-se as categorias de raç</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="it-IT"><span style="background: #ffffff;">a e g</span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="background: #ffffff;">ênero como construções de dominação coloniais, colocadas sobre diferenças físicas aparentes, pois os corpos humanos são plurais e diversos. Ainda que a diversidade de gênero seja amplamente constatada anteriormente à colonização, o projeto colonial, ao falhar na aniquilação dessa pluralidade, produz também categorias para dar conta dessas existências que lhes fogem do controle. Esses constructos objetivam reproduzir um modo de ser europeu, transformando a vida dos povos colonizados com opressão racial e de gênero, que se manté</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="sv-SE"><span style="background: #ffffff;">m at</span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="background: #ffffff;">é hoje.</span></span></span></span></span></p> <p><span style="font-weight: 400;"> </span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Fabiane Kravutschke Bogdanovicz, Kátia Alexsandra dos Santoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/53074Experiências de microagressões contra a identidade não-binária2023-09-06T21:12:06+00:00Gabriel Ponce de Leão Lima Almeidagabrielponceleao@gmail.comAndré Luiz Machado das Nevesalmachado@uea.edu.brDaniela dos Santos Dantasdani_sansilva@hotmail.com<p>As microagressões são maneiras sutis de se realizar ataques a identidades por conta do gênero e da sexualidade. Com foco na identidade não binária, esta pesquisa qualitativa buscou analisar os relatos de três participantes levando em consideração os doze temas de microagressão por Nadal, Skolnik e Wong (2012), utilizando, para isto, uma análise temática, com o objetivo de analisar os temas mais recorrentes. Como resultado, apenas alguns dos temas foram contemplados pelas falas dos participantes, com maior representação em dois temas, sendo um tema sobre as microagressões sistêmicas e ambientais e o tema do uso de terminologia de gênero incorreta e/ou transfóbica. Se sugere maior desenvolvimento sobre as microagressões contra pessoas trans, especialmente contra pessoas não binárias.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Gabriel Ponce de Leão Lima Almeida, André Luiz Machado das Neves, Daniela dos Santos Dantashttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/52909Identidades não binárias2023-07-10T15:00:32+00:00Mariana de Castro Midlejmarianacmidlej@gmail.comAnderson Fontes Passos Guimarãesanderson.fontes@ufba.br<p>Entende-se por binarismo a forma dicotômica de perceber a realidade, que se mostra cada vez mais inflexível, auxiliando no surgimento dos binarismos que constituem as estruturas sociais. Diante disso, este estudo pretende abordar as concepções binárias de gênero que permeiam a atual sociedade brasileira. Além de pessoas cisgêneras, existem também as pessoas de identidades de gênero dissidentes e, dentro desse grupo, as pessoas não binárias. Gradualmente essa comunidade tem conquistado espaços, pautando que há possibilidades de identificação além da dicotomia mulher/homem e seus respectivos papéis de gênero. Esta pesquisa almeja compreender como a escuta psicanalítica pode ser uma ferramenta para o fortalecimento de pessoas não binárias diante de um mundo imerso na cisnormatividade e no binarismo, de modo a colaborar para a subversão. Assim, a psicanálise não pode se abster dos diálogos que emergem no meio social e político, bem como as outras vertentes da psicologia. É necessário que esteja sensível diante das formas não cisgêneras de vivenciar as identidades de gênero. Com isso, foi realizada uma revisão narrativa da literatura com os bancos de dados da SciELO e dos Repositórios Institucionais da UFJF, UFBA e UFRGS; além de livros e outras referências, como materiais audiovisuais exibidos no YouTube. Por fim, é esperado que sejam favorecidas reflexões sobre a escuta ética na psicanálise e sobre a naturalização da cisgeneridade. A população não binária ainda é excluída dos espaços, além de ainda ser patologizada no campo da saúde. Apesar disso, é possível exercer uma escuta que não violente essas existências.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Mariana de Castro Midlej, Anderson Fontes Passos Guimarãeshttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54457Gêneros não binários no Brasil2023-07-21T17:17:26+00:00Leonora Maniglialeonora.maniglia@unesp.brPatrícia Porchatpatiporchat77@gmail.com<p>Reivindicações de pessoas de gêneros não binários têm crescido exponencialmente em todo o mundo nos últimos anos, havendo escassez na literatura psicanalítica de estudos críticos a respeito de suas singularidades. Por meio dos conceitos de bissexualidade psíquica e de identificação, é possível aproximar a psicanálise dos estudos de gênero, das teorias queer, transfeminista e decoloniais a fim de elaborar diálogos que promovam novas perspectivas interdisciplinares. Produzir novas ferramentas teórico-clínicas na psicanálise se faz urgente, além de ser um compromisso ético para profissionais psi.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Patrícia Porchat, Leonora Maniglia Macedohttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54773Transfobia e não binariedade2023-10-26T16:10:25+00:00Lucas Silva Dantas4121lucas@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo refletir sobre o processo histórico do regime monossexual e da diferença sexual, termos elaborados por Preciado (2022), e de que maneira eles impactam nas construções de gênero e na manutenção da transfobia, aliado aos padrões da cisgeneridade; e analisar de que maneira a transfobia recai sobre as corporalidades trans não binárias cobrando uma coerência entre estética, passabilidade e gênero, para além das múltiplas formas de violência que assolam toda a comunidade trans de formas diversas. É um convite a ultrapassar as convenções da régua cisgênera, que continua a medir os corpos trans e a definir suas categorias de pertencimento e desumanidade. Para a construção dessa reflexão são utilizados autores como Preciado (2022), Bento (2016), Tonhon (2016), Quinalha (2022), entre outras autorias.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Lucas Silva Dantashttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/52703Taylor Mason e possibilidades de representação2023-09-06T21:07:22+00:00Natália Ferreira Schreinernatalia.schreiner@outlook.comAdriane Rosoadriane.roso@ufsm.brLarissa Goya Pierrylarissapierry@gmail.comDaniela Porto Giacomellidaniela.giacomelli@acad.ufsm.br<p>A expressão de gênero não binária refere-se às pessoas transgêneras que não se identificam com o gênero designado ao nascer e nem como integrantes das categorias homem e mulher, parcial ou totalmente, sendo termo guarda-chuva que contempla outras categorias de gênero. Consideramos as mídias como veículos de (re)produção de representações sociais sobre a população LGBTQIA+ e que a primeira personagem não binária na grande mídia foi Taylor Mason, da série Billions. Sob a perspectiva da Psicologia Social Crítica, da Teoria das Representações Sociais, dos Estudos de Gênero e do Feminismo Interseccional, objetivamos explorar as relações entre as personagens diante da introdução de Taylor. Especificamente, analisar como se dá a narrativa de gênero na série. Concluímos que Billions apresenta possibilidades de ancoragem e objetivação para construção de representações sobre não binariedade e que esta é tratada com espontaneidade, dando importância à personagem para além das questões de gênero. </p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Natália Ferreira Schreiner, Adriane Roso, Larissa Goya Pierry, Daniela Porto Giacomellihttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54766(Re)produzindo o corpo cis2023-08-08T00:53:49+00:00Patrick Bragapatrictrindadee@hotmail.com<p>Somente na década de 1990, pessoas de identidade sexual entendida como normal pelo discurso biomédico passaram a ser tratadas por um termo próprio: cisgênero. Antes disso, entretanto, sujeitos interpretados como anormais já eram nomeados. O presente trabalho defende que o corpo normal(izado) só pode existir a partir da negação e/ou rejeição do outro, a-normalizado. Articulando uma revisão bibliográfica de genealogias acerca do binarismo sexual a produções sobre a temática de gênero sob a perspectiva da teoria queer, objetiva-se analisar a suposta pré-discursividade da identidade cis, desvelando-a como uma autoatribuição ontológica, que é, de fato, epistemologicamente insustentável. Com isso, conclui-se que vivemos contemporaneamente em uma era somatopolítica na qual as tecnologias de (re)produção do sexo são utilizadas a fim de reinscrever os corpos na lógica dimórfica do binarismo sexual e faz-se propostas para se desbinarizar o discurso biomédico. </p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Patrick Bragahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54761Pode a pessoa não binária ocupar espaços?2023-09-08T18:46:39+00:00Felipe Grassinegrassine.co@gmail.com<p>A não binaridade é uma luta muito cara para mim e por isso, num sopro de coragem me coloco nesse texto narrativo com três relatos de agressão que sofri ao longo desse processo de viver/morrer. Me intenciono nessa escrita para colaborar com presentes e futuras reflexões sobre como a binaridade aliada a regulação de gênero, torna corpos transgêneros abjetos. Na minha pela, foi nela que senti a mão de um ‘cistêma’ (cisgênero + sistema) pesando, vigiando e punindo, e relembrando esses ocorridos crio forças para continuar por uma luta de sobrevivência e de ajudar na nossa expectativa de viver enquanto corpos dissidentes. A escrita deriva da minha dissertação e usa métodos e referenciais narrativos/ilustrativos para geração de reflexão dentro do campo do design e dos estudos de gênero.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Felipe Grassinehttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54771Projetos de lei brasileiros sobre linguagem não-binária 2023-07-10T15:04:38+00:00Iran Ferreira de Meloiranmelo@hotmail.comGustavo José Barbosa Paraisoguga.paraiso@gmail.com<p>Este artigo é parte das práticas de socialização da pesquisa <em>Linguagem não-binária no Brasil: disputas e tensões em discursos legislativos</em>, que tem como objetivo identificar a construção de sentido sobre a linguagem não-binária de gênero em textos legislativos brasileiros (projetos de lei federais e estaduais) proibicionistas sobre esse uso linguístico. Em princípio, fizemos leitura bibliográfica das referências e realizamos a coleta do corpus. Identificamos as informações referentes à produção e circulação dos dados coletados e analisamos dados contextuais demonstrando que atualmente tramitam quinze projetos de lei na câmara federal e quarenta e oito projetos nas assembleias legislativas de todos os estados e do Distrito Federal. Em suas ementas observamos o predomínio de justificativas que impedem a linguagem não-binária argumentando que ela prejudica o ensino do português brasileiro, bem como ameaça o uso de nosso idioma.</p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Iran Melo, Gustavo Paraisohttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/54652Não binariedade emergente ou binariedade projetiva – reflexões exploratórias transdisciplinares 2023-10-26T16:14:30+00:00Gabrielle Martinsgabrielleweber@usp.brSilvana Nascimentosilnasc@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, exploramos uma aliança transdisciplinar de um ponto de vista teórico para estudar a dinâmica entre sexualidade e gênero no contexto das interações sociais. Através de um modelo matemático, inspirado pela formulação da mecânica quântica, estabelecemos o papel não trivial que a cis-heteronorma tem na estabilização das identidades e experiências não binárias. Em outras palavras, na tentativa de normatizar apenas as relações heterossexuais, emergem necessariamente identidades que escapam e, consequentemente, destroem o binário de gênero. Trata-se de um primeiro exercício reflexivo na tentativa de estabelecer diálogos entre estudos de gênero e de sexualidade, matemática e antropologia.</span></p>2024-03-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Gabrielle Martins, Silvana Nascimento