<B>Trajetórias da desrazão: vidas silenciosas e marginais</B>

Autores

  • Mara Evanisa Weinreb Feevale

DOI:

https://doi.org/10.9771/2175-084Xrcv.v0i13.3781

Resumo

Esta pesquisa discute as obras de artistas oriundos de um campo conhecido como Arte e Loucura, com a proposta de realizar uma crítica de abordagens múltiplas, relacionando-as a um contexto cultural e artístico atual. Iniciaremos pela trajetória desse tema no Brasil, com as atividades de Osório César no Hospital do Juqueri, em São Paulo, em 1929, e, no Rio de Janeiro, com os ateliês de Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Nacional desde 1946. Para tanto nos valemos também do conceito desenvolvido por Mário Pedrosa sobre a Arte Virgem, valorizando o artista esquizofrênico, e do conceito de diferença e repetição de Gilles Deleuze, que reforça as idéias sobre a desrazão trazidas por Michel Foucault e Peter Pal Pélbart. Em nossa sociedade, onde fronteiras e territórios oscilam em formato e conteúdo, no campo da arte e cultura a trajetória artística de Arthur Bispo do Rosário é referência e exemplo deste movimento. Exemplo de uma obra que migrou do ambiente manicomial para o mundo da Arte. E Manoel Luiz Rosa, portador de deficiência mental, frequentador do Centro de Desenvolvimento da Expressão, em Porto Alegre, há 47 anos, também dialogará com a trajetória de Luiz Guides. Morador do Hospital Psiquiátrico São Pedro, há 50 anos em Porto Alegre, frequenta a Oficina de Criatividade há 19 anos nessa instituição. A obra de Luiz Guides, devido ao fato de ser pouco divulgada pela crítica, será estudada com mais ênfase, revelando-se com qualidades artísticas. Palavras-chave: Arte, loucura, desrazão, estudo de caso.

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Biografia do Autor

Mara Evanisa Weinreb, Feevale

Atualmente sou docente do Centro Universitário Feevale, onde desenvolvo temas realtivos a Imagem e sua leitura Simbólica, e Arte e Saúde Mental no Instituto de Letras e Artes deste Centro. Também sou colaboradora de projeto de extensão. Conclui o mestrado em 2003, e o doutorado em 2009, no Instituto de Artes, no departamento de Artes Visuais, da UFRGS. Realizei minha pesquisa na Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. Realizei a análise de seu morador, com mais de 3000 pinturas.

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Publicado

2010-05-06

Como Citar

WEINREB, M. E. &lt;B&gt;Trajetórias da desrazão: vidas silenciosas e marginais&lt;/B&gt;. Cultura Visual, [S. l.], n. 13, p. 101–117, 2010. DOI: 10.9771/2175-084Xrcv.v0i13.3781. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rcvisual/article/view/3781. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Selecionados / Selected Articles