<B>O conceito de campo e o problema do vazio na obra cinética de Jesús Rafael Soto</B>

Autores

  • Mariela Brazón Hernández

DOI:

https://doi.org/10.9771/2175-084Xrcv.v1i12.3662

Resumo

A Arte Cinética não acredita na possibilidade de um espaço vazio, neutro ou passivo. A conceituação do contínuo espaço-temporal adotada por esta tendência é a de um ente pleno de energia, dinâmico, percorrido por campos de forças que se expandem e se comunicam entre si. Em particular, um dos seus pioneiros, o venezuelano Jesús Soto, trata o homem como mais um elemento da Natureza, capaz de afetá-la e de ser afetado por suas forças, colocando-o nas suas obras como parte ativa e inseparável dessa entidade, isto é, como um compêndio de matéria e energia que não escapa dos fenômenos que se manifestam no espaço-tempo. Soto insiste em não se distanciar – nem como pesquisador, nem como participante – do Universo que tanto deseja compreender e em não distanciar o fruidor, pois acredita que o ser humano, com seu corpo, seus sentidos, seus movimentos e sua energia, está coligado com o entorno e, como tal, não desfruta de uma localização privilegiada, nem é capaz de enunciar verdades absolutas ou divorciadas do seu próprio ser. Este artigo faz parte das pesquisas da autora sobre as relações entre Arte e Ciência, especificamente os vínculos da Arte Cinética com os avanços das ciências físicas acontecidos nas primeiras décadas do século XX e, em particular, com as teorias relativista e quântica sobre a composição e o comportamento do espaço.

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Biografia do Autor

Mariela Brazón Hernández

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Como Citar

HERNÁNDEZ, M. B. &lt;B&gt;O conceito de campo e o problema do vazio na obra cinética de Jesús Rafael Soto&lt;/B&gt;. Cultura Visual, [S. l.], v. 1, n. 12, p. 115–124, 2009. DOI: 10.9771/2175-084Xrcv.v1i12.3662. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rcvisual/article/view/3662. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Convidados / Invited Articles