<B>A história da arte e outras histórias</B>
DOI:
https://doi.org/10.9771/2175-084Xrcv.v1i12.3393Resumo
A história da arte já não é mais a mesma. Quem ainda se apega a velhos monstros sagrados – como Giulio Carlo Argan, Kenneth Clark, Pierre Francastel, E.H. Gombrich, Arnold Hauser, René Huyghe, Nikolaus Pevsner, Herbert Read e outros autores populares entre as décadas de 1950 e 1970 – compartilha um pouco o destino do náufrago que tenta se agarrar aos destroços do navio. Muitas peças, embora perfeitamente servíveis no seu contexto original de uso, apenas ajudam-no a afundar mais depressa. Por mais sólidos e nobres que parecessem quando vistos do convés, âncoras, hélices e reluzentes corrimãos de latão de nada adiantam na situação presente. Outros objetos, antes menos considerados, ainda servem para boiar um pouco: cadeiras, almofadas, um velho caixote de madeira. Pode até despontar de algum lugar inesperado uma bóia ou um legítimo bote salva-vidas. Porém, a travessia para a pós-modernidade é longa, em mar aberto, e não há notícia de bóia ou bote que tenha suportado a violência das águas no momento em que a nau modernista foi a pique.Downloads
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Publicado
2009-11-05
Como Citar
CARDOSO, R. <B>A história da arte e outras histórias</B>. Cultura Visual, [S. l.], v. 1, n. 12, p. 105–113, 2009. DOI: 10.9771/2175-084Xrcv.v1i12.3393. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rcvisual/article/view/3393. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos Convidados / Invited Articles