Propriedades físicas e sensoriais da carne suína PSE
Resumo
Objetivou-se avaliar as características físicas e sensoriais da carne suína PSE, suas correlações e os prejuízos causados para a indústria, em função de sua ocorrência. Em abatedouro comercial aferiu-se o pH das carcaças (n=1601) aos 45 minutos post mortem (pH45), classificou-as em PSE (pH45<5,8) ou normais (pH45>5,8). Após 24 horas de resfriamento, foram coletadas amostras do músculo Longissimus dorsi de 26 carcaças PSE e 26 normais, que foram avaliadas quanto à coloração (L*, a*, b*), perda de exsudato, perda de peso por cozimento, força de cisalhamento, atributos sensoriais (maciez, suculência e palatabilidade) e composição centesimal. Foram avaliadas as correlações entre parâmetros físicos e sensoriais. A incidência de carnes PSE foi de 10,06%. O pH final, perda de peso por cozimento, força de cisalhamento e composição centesimal não diferiram entre os tipos de carne. A perda de exsudato foi, aproximadamente, 39% maior para carne PSE. O pH45 correlacionou-se, negativamente, com L* (R= -0,331) e b* (R= -0,528). A suculência correlacionou-se, positivamente, com a palatabilidade (R= 0,436) e maciez (R= 0,297) e, negativamente, com a perda de peso por cozimento (R= -0,326). A força de cisalhamento apresentou correlação positiva com perda de exsudato (R= 0,529) e negativa com maciez (R= -0,767). O prejuízo estimado em função da ocorrência de carnes PSE foi da ordem de R$340.800,00 anuais. Carnes PSE apresentam alterações negativas nas propriedades funcionais e sensoriais, relacionadas com a redução de sua capacidade de retenção de água, o que causa perdas consideráveis para a indústria processadora.Downloads
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Publicado
2012-09-24
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Seção
Produção Animal e Ambiente
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