Ocorrência, etiologia infecciosa e fatores de risco associados à mastite bovina na microrregião Itabuna-Ilhéus, Bahia

Autores

  • Uillians Volkart de Oliveira
  • Gideão da Silva Galvão
  • Antônio Roberto Ribeiro da Paixão
  • Alexandre Dias Munhoz

Resumo

O objetivo neste estudo foi avaliar a ocorrência, etiologia infecciosa e os fatores de risco associados à mastite em 187 vacas, provenientes de 10 propriedades leiteiras localizadas na microrregião Itabuna-Ilhéus no estado da Bahia. Tanto as vacas quanto as propriedades foram selecionados de forma não-aleatória, e foram escolhidas 20% das vacas em lactação de cada propriedade. O teste de escolha para identificação preliminar da mastite subclínica foi o California Mastitis Test, e o diagnóstico da mastite clínica foi realizado pela observação de sinais de inflamação no úbere e a presença de alterações macroscópicas no leite. Das vacas em lactação, 74 (39,57%) estavam com mastite e 90% das propriedades analisadas tinham pelo menos um animal positivo. Os fatores de risco observados, para a ocorrência de mastite, foram a utilização do bezerro ao pé durante a ordenha (p<0,0001) e ordenha mecânica como fator de proteção à assistência veterinária Os agentes etiológicos isolados em um total de 106 amostras de leite foram Staphylococcus aureus (42,85%), Corynebaterium spp. (42,85%), Staphylococcus-coagulase negativos (36,19%), Pseudomonas spp.(16,19%), Escherichia coli (15,23%), Bacillus spp.(15,23%) Streptococcus spp.(13,33%), Klebsiela spp. (1,9%), Proteus spp. (0,95%). Conclui-se que a significativa ocorrência de mastite nos rebanhos estudados deve-se a condições de manejo inadequadas, como o mau uso da ordenha mecânica, o que permite a proliferação e disseminação de microrganismos, principalmente os denominados “contagiosos”. Logo, a adoção de boas práticas de manejo e de medidas profiláticas, assistidas por um médico-veterinário permitirá a diminuição dessa enfermidade nos rebanhos.

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Publicado

2010-09-10

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva