Inversão sexual da garoupa-verdadeira "Epinephelus marginatus"

Autores

  • Eduardo Gomes Sanches Helio Lopes Sanches e Luiza Gomes Sanches
  • Idili da Rocha Oliveira
  • Pedro Carlos da Silva Serralheiro

Resumo

Neste estudo pretendeu-se avaliar a inversão sexual de fêmeas por meio de indução hormonal, utilizando-se o andrógeno 17 alfa-metiltestosterona, ministrado via oral e injetável. Vinte e sete peixes com 863,9 ± 231,2 g foram divididos em três tratamentos: T1 = controle (garoupas que não receberam hormônio), T2 = tratamento via oral (garoupas alimentadas com pedaços de peixe através do qual foi administrado o hormônio) e T3 = tratamento via injetável (garoupas que receberam o hormônio por injeção intramuscular) e mantidos em tanques-rede no mar, em Ubatuba/SP. No tratamento via oral, a dosagem de andrógeno foi de 1 mg/kg de peso corporal, diariamente, durante 5 dias por semana, e no tratamento via injetável, de 5 mg/kg de peso corporal, semanalmente, em uma única dose. Após 180 dias, 100 e 77,8%, respectivamente, dos peixes do tratamento via oral e via injetável produziram sêmen, ao passo que os do tratamento controle mantiveram-se como fêmeas funcionais. A inversão sexual induzida de fêmeas de Epinephelus marginatus mais efetiva foi a realizada com o uso do hormônio 17-alfa-metiltestosterona, na dosagem de 1 mg/kg de peso corporal, administrada via oral junto com o alimento. O hormônio 17-alfa-metiltestosterona proporciona efeito anabolizante paralelo e incrementa o ganho de peso dos exemplares que recebem aplicação oral.

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Publicado

2009-03-31

Edição

Seção

Recursos Pesqueiros / Aqüicultura