Níveis de ingestão de matéria seca sobre metabólitos e hormônios circulantes e hormônios foliculares em novilhas de corte

Autores

  • Luis Paulo Rigolon Universidade Estadual de Maringá
  • Ivanor Nunes do Prado Universidade Estadual de Maringá
  • Fabio Luiz Bin Cavalieri Centro de Ensino Superior de Maringá
  • João Antônio Negrão Universidade Estadual de Maringá
  • Robério Rodrigues Silva rrsilva@uesb.br
  • Jair de Araújo Marques

Resumo

Objetivou-se verificar o efeito do nível da ingestão de matéria seca (IMS) em percentagem do peso vivo sobre as concentrações de glicose, insulina, uréia, estrógeno e progesterona no plasma sangüíneo da veia jugular, progesterona no plasma sangüíneo da veia cava caudal e IGF-1, estrógeno progesterona no líquido folicular. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no período de maio a junho de 2000. Foram utilizadas 27 novilhas cruzadas (½ Nelore vs. ½ Angus), distribuídas em três tratamentos e nove repetições: 1,2%; 1,6% e 2,6% de IMS/dia em relação ao peso vivo, respectivamente. As dietas continham 12,30% de PB e 1,11Mcal de ELg/kg de MS. Após 142 dias de experimento, os animais tiveram seus ciclos estrais sincronizados. Cinco novilhas de cada tratamento foram cateterizadas na veia cava caudal. O sangue foi coletado da veia jugular e da veia cava caudal cada dois dias até o 12o dia do ciclo estral e, a partir da oitava aplicação de FSH (D12), foram coletadas 11 amostras de sangue da veia jugular a cada 4 horas para se determinar as concentrações de glicose, insulina, uréia, estrógeno e progesterona no plasma sangüíneo. As outras quatro novilhas de cada tratamento foram ovariectomizadas na sétima aplicação de FSH (D12) para a dosagem dos níveis de IGF-I no líquido dos folículos médios (5-9mm) grandes (>10mm). As concentrações de glicose (83,02mg/100mL) e estrógeno (1.796,93pg/mL) no plasma da veia jugular foram maiores (p<0,05) nos animais com 1,6% de IMS. Por outro lado, os níveis de insulina foram maiores (p<0,05) nos animais com 2,6% de IMS (13,96mU/L). Com o aumento dos níveis IMS, aumentaram, também, os níveis sangüíneos de uréia (p<0,05). Não houve efeito (p>0,05) da IMS sobre os níveis de progesterona no plasma sangüíneo coletado da jugular. No entanto, no plasma sangüíneo coletado da veia cava caudal, os níveis de progesterona foram maiores (p<0,05) nos animais com 2,6% de IMS (11,77ng/ml). Da mesma forma, não houve efeito (p>0,05) da IMS sobre os níveis foliculares de IGF-I, estrógeno e progesterona. Pode-se concluir que nem sempre uma variação hormonal sistêmica é refletida em nível folicular.

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Publicado

2008-06-25

Edição

Seção

Reprodução Animal