O hip-hop é uma só família: processo criativo, produção cultural e militância
DOI:
https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.38271Palavras-chave:
Juventudes, Hip-hop, Profissionalização, Produção culturalResumo
Este trabalho foi realizado em duas etapas e teve como foco as juventudes, o trabalho e a cultura hip-hop. A primeira etapa se constituiu no mapeamento de ações juvenis no movimento hip-hop, enquanto a última se deu pelo acompanhamento – por meio de entrevistas – dos modos de ser e promover a cultura, as potências e os desafios do hip-hop. Nos quinze grupos mapeados observou-se que os jovens têm o desejo de se profissionalizar. Foram apontadas dificuldades em relação ao poder público, à falta de financiamento, aos recursos e espaços para ensaios e convivência, à desvalorização da arte de rua e do mercado e à deturpação dos valores. Sugere-se como formas de enfrentamento dessas dificuldades a organização coletiva, divulgação e fomento da arte e a criação de espaços para diálogo e reconhecimento social. A pesquisa ressalta a potência do hip-hop enquanto expressão artística, militância e transformação social.
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