Geografia das ausências
as negações das ontologias territoriais e as disputas pela reterritorialização do estar-sendo
DOI:
https://doi.org/10.9771/lj.v3i0.60551Palavras-chave:
Geografia das ausências, Colonialidade do estar, Geografias do não ser, Sociologia das ausências, Ontologias territoriais, Território, Epistemologias do SulResumo
A dimensão espacial da colonialidade é investigada a partir de uma proposta conceitual que distingue os conceitos de “geografia das ausências” e “colonialidade do estar”. Posteriormente, investigam-se os aspectos constitutivos da “geografia das ausências” que se apresentam através de sete monoculturas espaciais que facilitam a negação de territórios e ontologias territoriais. Diante dessas questões, a produção do conhecimento geográfico na América Latina é submetida a um julgamento crítico e exige-se a necessidade de provocar giros territoriais nas ciências sociais e no campo dos estudos decoloniais, reconhecendo a emergência do território como um substantivo utilizado pelos movimentos sociais na luta pela descolonização. As reflexões deste artigo estão sustentadas nas experiências de pesquisa-ação participativa que os autores realizaram acompanhando as lutas territoriais dos povos originários na América Latina. As reflexões finais permitem abrir novas questões sobre como construir propostas para criar uma geografia das presenças que contestem a razão moderna-capitalista-colonial-patriarcal das ciências.