O desenvolvimento urbano do apartheid
DOI:
https://doi.org/10.9771/lj.v1i0.54542Palavras-chave:
Desenvolvimento Urbano, Apartheid, Segregação Racial Espacial, Urbanismo Africano, África do Sul, EUAResumo
Dedicado aos efeitos do regime do apartheid em espaços urbanos racialmente segregados, este texto faz parte do memorável livro “White papers black marks: architecture, race, culture” de 2000, organizado pela arquiteta Ganesa-Escocesa Lesley Lokko. O artigo parte de uma análise crítica sobre a segregação racial e espacial do apartheid, com a duplicação de serviços e equipamentos: correios, escolas, mercados, etc. com sinais sobre quem podia utilizar o espaço e onde. Publicado poucos anos depois da abolição do apartheid, com a eleição de Nelson Mandela em 10 de maio de 1994, Malindi Neluheni mostra-nos que o espaço foi a ferramenta mais eficaz do regime do apartheid e indica o “espaço do descontentamento” como seu legado no longo caminho por fazer, para uma efectiva reconciliação entre brancos e negros na África do Sul. Para tal, o texto analisa dois estudos de caso, um na África do Sul e outro nos EUA, a partir dos quais se elabora uma proposta para um novo urbanismo na “nova” África do Sul, dando particular enfoque na educação em geral e na educação em arquitetura e urbanismo em particular (Por não haver resumo no texto original, este foi feito pelos editores).