Cidades africanas em 6000 anos de africanos construindo cidades
rupturas conceituais e paradigmáticas
DOI:
https://doi.org/10.9771/lj.v1i0.54539Palavras-chave:
Cidades Africanas, Urbanismo Africano, Ensino de Arquitetura e Urbanismo, Metodologia do Estudo de Cidades AfricanasResumo
As disciplinas sobre cidades no ocidente determinaram um conjunto de elementos formais, temporais e conceituais que embora utilizados como parte da história universal, não são adequados para o estudo das cidades e do urbanismo africano. Partindo do pressuposto da inadequação dos referenciais ocidentais foi desenvolvida uma pesquisa para produção de uma formulação do urbanismo e da compreensão das cidades africanas num período de 6000 anos, vinculadas aos princípios societários africanos, tendo como base a filosofia e a religiosidade das sociedades africanas. O postulado de partida é a existência dos princípios societários e não o questionamento sobre a sua formulação. Do resultado da pesquisa foi produzida a proposta de disciplina sobre a formação das cidades africanas e do seu urbanismo apresentando uma exposição conceitual sobre as mesmas. Tal disciplina percorreu uma fase de consolidação e aprovação que culminou com a sua apresentação formal no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia. Neste artigo são apresentados o conjunto de elementos conceituais da supracitada disciplina e os fatos relativos à validação científica deste campo do conhecimento referente ao pan-africanismo, destacando que a formulação produzida é autônoma com relação ao afrocentrismo e ao eurocentrismo. Portanto, não faz parte de nenhuma dessas duas grandes correntes do pensamento e sim propõe uma via alternativa.