Apontamentos sobre a Araroba
Palavras-chave:
ChrysarobinumResumo
Em uma serie de artigos que publicamos no ano passado na Gazeta Medica reunimos todos os documentos que pudemos obter acerca da procedencia, identidade, composição e propriedades terapeuticas da araroba, pó de Goa, e pó da Bahia, e do acido chrysophanico, que constitue quase os nove decimos da substancia conhecida no Brasil e nas Indias Orientais com aquelas diversas denominações. Os nossos leitores que se deram ao trabalho de ler aqueles artigos estarão lembrados de que quase todos os autores e testemunhos citados eram accordes em considerar o pó de Goa, ou de áraroba como proveniente da medula de uma árvore da familia das Leguminosas, ainda não descrita nem determinada pelos botanicos. Quando em Agosto de 1875 apresentamos ao Sr. professor Gubler uma amostra da nossa araroba, que ele reconheceu identica ao pó de Goa, já ele tinha publicado no Journal de farmacia et de Chimie, o seu artigo sobre este pó, onde declarou que não lhe parecia poder ser considerada esta materia como a medula de uma árvore, pulverizada ou tornada pulverulenta, uma vez que nenhum elemento de tecido utricular podia ser encontrado pelo microscópio (Gazeta Medica de Julho de 1877 p. 825).